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Centrão da Câmara de Sinop

Notícias dos Poderes | 09 de Outubro de 2023 as 17h 06min

 

A fala do presidente da Câmara de Sinop, Paulinho Abreu (PL), na sessão dessa segunda-feira (9), foi uma aula de fisiologia política, digna dos professores do “Centrão” que habitam o Congresso Nacional. O presidente comentou na tribuna sobre o encontro do seu partido, o PL, realizado na semana passada. Evento, que teve como um dos pontos altos, a filiação de Dalton Martini, atual vice-prefeito que rompeu com Roberto Dorner e se alvora como adversário direto do prefeito no próximo ano. Mas Paulinho ignorou esse fato.

Ao invés disso foi logo dizendo que “existem decisões pessoais e decisões partidárias”, e que o PL continua na base de apoio do prefeito. Quase como um beijo no rosto, que vem antes da promessa de não traição, o discurso do presidente busca a manutenção dele – e também de outros do partido – dentro da situação, ou nesse caso, do lado de quem está no poder. E soltou a clássica fala: “um político não tem que atrapalhar uma gestão”.

Paulinho não apenas não mencionou Dalton nominalmente, dando as boas vindas ao novo filiado de peso. O presidente ainda desconversou o projeto do PL de ter candidato a prefeito. Disse que a eleição será no ano que vem e que o partido ainda vai decidir se terá ou não candidato a prefeito. Paulinho chegou a se colocar com um possível candidato do PL. É um direito seu, como liderança da sigla e herdeiro de um forte nome político. Mas não deixa de desafiar a lógica do cenário.

Quem também se pronunciou pelo conforto de ficar na situação foi Toninho Bernardes (PL). Ele referendou as palavras de Paulinho, lembrou que seu partido tem 3 vereadores na Câmara e disse  ainda que o apoiaria como candidato a prefeito do PL, caso fosse viável. “Pode soltar a pesquisa”, provocou Toninho, que também não fez deferência a Dalton.

O poder é confortável e os políticos de carreira sabem disso. Resta saber se a fidelidade dos membros do PL à Roberto Dorner tem prazo de validade ou se Dalton caiu em uma arapuca, sendo capturado por um partido que irá render apoio à reeleição, inviabilizando sua candidatura. Se for o secundo caso, não seria a primeira vez.