Tenente que agrediu adolescente em MT já responde inquérito por dar murro em advogado

Alexandre Aparecido de Assis foi transferido para Barra do Bugres

O policial militar filmado agredindo um adolescente, de 16 anos, durante uma abordagem na segunda-feira (22) em Barra do Bugres já responde a um Inquérito Policial Militar (IPM) por agredir um advogado em Pontes e Lacerda em junho do ano passado.

Trata-se do tenente Alexandre Aparecido de Assis, que foi transferido para Barra do Bugres após o caso tomar repercussão.

Conforme a PM, ele já respondia a IPM por ter agredido o advogado e agora outro procedimento foi instaurado pelo 7º Comando Regional de Tangará da Serra, onde está lotado.

À época, a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), emitiu nota falando que o advogado Felipe Carlos, após ter sido chamado por cliente para acompanhar abordagem da PM em sua residência, foi recebido pelo tenente Alexandre Aparecido de Assis, da Força Tática, com palavrões e violência física, conforme vídeo que circulou nas mídias sociais.

Na última segunda-feira, um vídeo mostra quando o policial ofende, ameaça e xinga o adolescente dizendo que ‘não é palhaço e que ele [o adolescente] é vagabundo por estar na rua, naquele horário, empinando bicicleta’.

O adolescente concorda e parece rir da situação. O PM, então, diz para ele ‘tirar o sorriso da cara’ e ameaça agredir o adolescente.

O menor responde: ‘o sorriso é meu’ e logo em seguida leva um tapa no rosto.

Segundo a família, o adolescente trabalha em um mercado como menor aprendiz e não tem passagens pela polícia.

O menino que estava filmando parou de filmar para socorrer o amigo. O outro policial, que estava comandando a abordagem, falou para o policial parar de bater no adolescente.

Depois disso, a família do menino que filmou registrou um boletim de ocorrência porque ficou sabendo que o policial estava à procura de quem gravou o vídeo.

Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar informou que recebeu na quarta-feira (24) a imagem e áudios sobre o fato.

O corregedor geral teve acesso e já determinou uma investigação que pode resultar em um Inquérito Polícia Militar. O PM trabalha há pouco tempo na cidade e abordou o adolescente para perguntar o que ele fazia na rua tão tarde.