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Saúde espera aumentar em mais de 12% transplantes com nova tecnologia

Com suporte de cartórios, documento digital passa a certificar oficialmente o desejo do doador de órgãos e tecidos e ficará disponível em plataforma nacional do SUS

Geral | 03 de Abril de 2024 as 07h 20min
Fonte: O tempo

Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

O lançamento de um site que, por meio do celular, permite, sem burocracia, uma pessoa se declarar doadora de órgãos, tecidos e partes do corpo humano no Brasil é a aposta do Ministério da Saúde para ultrapassar os 12% de aumento dos transplantes registrados em 2023. Atualmente, a espera por uma doação atinge mais de 42 mil brasileiros, sendo 500 deles crianças. Em Minas, a espera até janeiro era de 7 mil pessoas. No país, pelo menos 3 mil pessoas morreram por falta de um órgão doado no ano passado.

Nesta terça-feira (2), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, entidade que representa mais de 8,3 mil cartórios de notas do país, lançaram a campanha “Um Só Coração: seja vida na vida de alguém”, em Brasília, para estimular a doação de órgãos e tecidos no país. A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo) pode ser feita pelo computador ou por qualquer outro dispositivo com acesso à internet.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que esteve no CNJ para o lançamento, o banco de dados de pretensos doadores, estimulado pela facilidade da manifestação pública, “vai favorecer bastante o processo”, já que o ministério conta com um Sistema Nacional de Transplantes “bem organizado”.

“Essa iniciativa vai ajudar muito a levar para a pessoa que muitas vezes pensa em ser doador ou doadora, mas acaba não tomando a iniciativa de registrar a própria vontade. No ano passado conseguimos aumentar em 12% o número de transplantes no Brasil, mas que com esse novo instrumento certamente vamos dar passos maiores nesse sentido” 

Dados do Ministério da Saúde apontam que a taxa de autorização familiar em 2023 foi de 57,6 %, ou seja, de cada dez famílias, só seis confirmaram o desejo do doador, enquanto quatro recusaram a manifestação. 
 
Pela legislação brasileira, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e/ou tecidos - e isso não vai mudar. Com a autorização eletrônica, no entanto, esta manifestação de vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da Saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar a família no momento do óbito.