Vingança
Réu baleado durante júri havia matado pai de atirador por causa de briga por burro
Pai do atirador Cristiano Alves morreu após ser baleado há mais de 10 anos pelo réu, Francisco Cleidivaldo, que foi alvo dos tiros durante sessão realizada em novembro em São José do Belmonte
Geral | 03 de Abril de 2024 as 13h 54min
Fonte: Redação G1

O réu Francisco Cleidivaldo, baleado durante júri em São José do Belmonte (PE), estava sendo julgado por um homicídio cometido em 2012 e que teria sido motivado pelo sumiço de um burro. O homem morto há 12 anos era pai de Cristiano Alves, que, em novembro de 2023, invadiu o julgamento, atirou em Cleidivaldo e foi preso.
Segundo o processo do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o pai do atirador foi morto durante uma discussão com o réu por causa de um burro que fugiu de uma propriedade da zona rural. O réu procurava o animal dele, que estava desaparecido, enquanto o pai do atirador alegava que ele era um ladrão. O processo traz os depoimentos do réu e de uma testemunha do crime.
Imagens de câmeras de segurança que viralizaram nesta semana mostram o momento em que um homem atirou e feriu o réu durante um júri em 2023 no Fórum de São José do Belmonte, no sertão pernambucano.
O homem baleado no júri aguarda novo julgamento, e o atirador segue preso.
Francisco Cleidivaldo confessou o crime
Durante ama audiência realizada em 21 de março de 2013, Francisco Cleidivaldo confessou ter atirado contra Francisco Alves, pai do atirador. O réu disse no depoimento que, no dia do crime, em 5 de outubro de 2012, ele estava procurando um burro que havia fugido de sua propriedade.
Quando encontrou Francisco Alves na propriedade dele, o sítio Posses, o réu perguntou se ele havia visto o animal, mas recebeu uma resposta grosseira. "Saia da minha propriedade seu ladrãozinho safado", relatou o réu sobre a resposta que recebeu.
Isso provocou uma discussão entre os dois, porque Francisco Alves sacou um pedaço de madeira e foi para cima dele. Na tentativa de se proteger, ele efetuou um disparo de arma de fogo para cima.
O réu disse que mesmo com o disparo Francisco Alves continuou avançando na direção dele. Ele então efetuou outro disparo, para baixo. Ainda assim, Francisco não parou. Então, foi efetuado um terceiro disparo, que acertou a vítima.
Francisco Cleidivaldo fugiu depois disso e foi para a cidade de Salgueiro, onde foi preso em flagrante. O réu também disse no depoimento que já havia sido processado por tentativa de homicídio no povoado do Carmo e que esse crime se deu em razão de uma discussão.
Morte da vítima baleada
De acordo com o processo do TJPE, Francisco Alves foi levado a um hospital local e depois foi transferido para um hospital na cidade de Arcoverde. No entanto, ele morreu 18 dias após o ocorrido.
"Após obter a resposta negativa da vítima, o denunciado irritou-se e descarregou em direção à vítima os três projéteis que haviam na arma de fogo que portava ilegalmente, tendo um deles atingido a vítima no abdômen. Em seguida, o denunciado fugiu, enquanto a vítima foi socorrida por sua companheira e outros parentes, e encaminhada ao Hospital local, sendo posteriormente transferido para o município de Arcoverde-PE, porém vindo a óbito cerca de 18 dias depois", diz o texto.
Testemunha confirmou as informações
Em uma das audiências de instrução e julgamento, realizada em 18 de fevereiro de 2013, uma testemunha relatou que atiraram na vítima na Lagoa Alexandre, que fica situada na divisa com o estado da Paraíba. Essa testemunha disse que não presenciou o crime, mas soube que Francisco teria ido até a vítima para perguntar sobre um burro para carregar madeira.
A vítima teria se incomodado com a pergunta feita por Francisco Cleidivaldo e foi com uma vara para cima dele com intenção de lhe agredir. Para se defender, o réu, que de acordo com a testemunha andava armado, atirou na direção dele.
A testemunha relatou ainda que desconhecia qualquer tipo de desavença anterior à que provocou o crime.
Crime no fórum
Momento em que Cristiano começa a atirar em Francisco. — Foto: Reprodução
O crime flagrado pelas câmeras ocorreu no Fórum Dr. Geraldo Sobreira de Moura, que fica no centro de São José do Belmonte, no Sertão de Pernambuco. A cidade fica a mais de 470 quilômetros de distância do Recife.
O atirador foi identificado como Cristiano Alves Terto. Após os disparos efetuados, ele foi perseguido pelo Policiamento do Fórum e pela Polícia Civil, sendo preso em flagrante com a arma do crime.
O réu foi identificado como Francisco Cleidivaldo Mariano de Moura. Ele era suspeito de ter matado o pai de Cristiano Alves, o atirador. Durante o júri. Cleidivaldo foi atingido por seis tiros, além de ter sido agredido com coronhadas na cabeça enquanto tentava fugir.
De acordo com a Polícia Civil, Francisco Cleidivaldo foi inicialmente encaminhado para o Hospital de São José de Belmonte, e posteriormente foi transferido para o Hospital de Serra Talhada, onde recebeu cuidados médicos.
Em nota, o TJPE informou que Francisco está vivo e solto. "O júri não foi feito novamente e não foi designada nova data ainda", diz o texto.
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