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Vítima tinha 3 anos

Polícia indicia 2 médicos por morte de menina em UPA de Sinop

M.T.B., de 3 anos, morreu em março, quando recebia atendimento na unidade de saúde do Município

Geral | 19 de Setembro de 2023 as 07h 24min
Fonte: Angélica Callejas – MidiaNews

Foto: Reprodução

Dois médicos que atenderam a menor M.T.B., de três anos, morta após sofrer um choque séptico em decorrência de pneumonia, foram indiciados por homicídio culposo. O caso aconteceu no dia 8 de março em uma UPA em Sinop.

O inquérito que culpabiliza os profissionais por negligência médica foi finalizado nesta segunda-feira (18) pelo delegado Ugo Reck Mendonça e será encaminhado ao Poder Judiciário.

Conforme as investigações, a menina deu entrada na UPA pela primeira vez no dia 6 de março, quando foi atendida por uma médica e liberada com uma receita de xarope expectorante.

Porém, sem sinais de melhora, os responsáveis a levaram de novo na unidade de saúde, dessa vez com tosse seca. Ela foi novamente atendida, sedada e de lá não saiu com vida.

A mãe relevou que M.T.B. foi submetida a um exame sangue que apontou alteração, mas não foi detectada pela médica. Ali teriam sido o início da sequência de erros que culminaram com a morte de sua filha.

“Quando saiu o resultado do raio-x veio uma pessoa e pegou a minha filha de imediato, correu para a emergência com ela”, falou Lucas Pootz, pai da menor.

Aos pais, os profisisonais disseram que o pulmão da criança estava “muito carregado” e que seria necessário colocar uma sonda. Para isso, eles iriam fazer uma sedação local. Após a aplicação do medicamento, a menor ficou em estado crítico.

“De imediato, eles pediram para que ela saísse urgentemente da sala de emergência, praticamente empurraram ela para fora da sala e fecharam a porta, depois disso a gente só viu a nossa filha morta”.

A suspeita de erro médico foi reforçada quando o delegado pediu a exumação do corpo de M.T.B., que ocorreu no dia 17 de março. O procedimento foi fundamental para a investigação, que ofereceu elementos para o indiciamento dos profissionais. 

“Antes tínhamos indícios do primeiro atendimento. Com a exumação identificamos uma imperícia por parte do terceiro médico que atendeu a vítima e que levou à morte da menina”.

Após a exumação, a perícia identificou que a morte ocorreu em razão de choque hipovolêmico (perda de sangue) causado por pneumotórax hipertensivo.