Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa tarde, Sexta Feira 03 de Outubro de 2025

Menu

Vendas de sentenças

PF cumpre mandado contra lobista em prisão domiciliar em MT

Andreson de Oliveira é apontado como principal operador do esquema de venda de decisões judiciais

Geral | 03 de Outubro de 2025 as 09h 50min
Fonte: Mídia News

Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (3), mais uma fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e em outros estados.

Entre os alvos está o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como principal operador do esquema. Ele cumpre prisão domiciliar em Primavera do Leste, onde agentes da PF cumprem mandados nesta manhã.

A operação é sigilosa e cumpre deteminação do ministro Cristiano Zanin.

Andreson foi colocado em regime domiciliar em julho, após um laudo médico apontar risco de morte em razão de seu quadro clínico grave. À época, ele chegou a apresentar estado de saúde considerado esquelético.

As investigações da Operação Sisamnes tiveram início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá. Durante a apuração do crime, o celular de Zampieri foi apreendido, e o Ministério Público de Mato Grosso encontrou diálogos comprometedores com desembargadores. O material foi encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O CNJ analisou as conversas e identificou suspeitas de que Zampieri comprava decisões judiciais de desembargadores, entre eles Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, ambos afastados dos cargos. As mensagens também revelaram sua relação próxima com um lobista de Brasília que afirmava ter acesso a gabinetes de ministros do STJ.

Esse lobista foi identificado como Andreson de Oliveira Gonçalves. Nas conversas, ele compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ e relatava pagamentos a assessores de ministros em troca de sentenças favoráveis.

Diante desses indícios, a PF deflagrou a Operação Sisamnes em novembro do ano passado e prendeu Andreson.

Com o avanço da investigação, a Polícia Federal descobriu transferências bancárias de empresas ligadas a ele para representantes de agentes públicos. Um dos repasses identificados foi de R$ 4 milhões a um servidor do STJ que atuou nos gabinetes de duas ministras da Corte.