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Contaminação por fármacos

Pesquisa identifica paracetamol e antidepressivo nas águas do rio Cuiabá

O projeto teve início neste ano e deve ser desenvolvido até 2026. “Acendemos um alerta em relação à ocorrência desses medicamentos na bacia, porque foi constatada uma presença significativa de fármacos ao longo do rio Cuiabá”, concluiu Ibraim

Geral | 13 de Dezembro de 2024 as 14h 17min
Fonte: PNB Online

Foto: Divulgação

Um projeto desenvolvido por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que monitora poluentes convencionais e emergentes no rio Cuiabá, identificou a contaminação da água pelos chamados fármacos, medicamentos como paracetamol e até antidepressivos.

Segundo o professor doutor e coordenador do programa de pós-graduação, Ibraim Fantin da Cruz, o monitoramento é realizado em toda a extensão do rio, desde o Cuiabazinho (montante) até o Porto Jofre.

“Já encontramos, sim, alguns fármacos na água do rio Cuiabá em concentrações baixas. Mas isso já serve como um alerta sobre a destinação incorreta de fármacos na bacia. Destacamos a cafeína, que, além de ser um fármaco, é uma substância amplamente consumida por nós. Também identificamos medicamentos para pressão, paracetamol, hormônios e até mesmo um antidepressivo”, explicou o pesquisador em entrevista ao PNB Online.

Ibraim Fantin explica ainda que uma das hipóteses para a contaminação da água é a forma como os medicamentos são descartados. “Pensávamos inicialmente que a contaminação seria causada pela excreção humana. Muitas pessoas consomem os medicamentos e os eliminam pelos dejetos. Contudo, ao estudar mais profundamente esses medicamentos, percebemos que o metabolismo no organismo é extremamente eficiente, acima de 95%. Assim, levantamos a hipótese de que a contaminação se deve à destinação incorreta dos resíduos farmacêuticos.”

O pesquisador lembra que os medicamentos vencidos não retornam para as farmácias, mas são descartados junto com resíduos domésticos ou, em alguns casos, no vaso sanitário. O projeto teve início neste ano e deve ser desenvolvido até 2026. “Acendemos um alerta em relação à ocorrência desses medicamentos na bacia, porque foi constatada uma presença significativa de fármacos ao longo do rio Cuiabá”, concluiu.