Medida revogada
Pais e alunos pedem para UFMT reconsiderar bonificação na nota do Enem
Geral | 25 de Novembro de 2024 as 09h 45min
Fonte: Assessoria
Um grupo de pais e alunos pediu ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), para reconsiderar a Resolução nº 506/2024, que revogou a bonificação de 15% concedida aos estudantes que concluíram o ensino médio no Estado de Mato Grosso. O documento, com mais de 1.700 assinaturas, foi protocolado eletronicamente no site da UFMT neste domingo (25/11) e fisicamente no Consepe nesta segunda-feira (26/11). Pais e alunos foram pegos de surpresa com a revogação da bonificação a menos de 60 dias do resultado do Enem.
Eles pediram que o Consepe mantenha pelo menos “a bonificação para o processo seletivo de 2024, enquanto se promove um debate amplo e democrático sobre a política de inclusão regional da UFMT”. De acordo com o documento, “a bonificação regional, instituída pela Resolução nº 431, criou uma legítima expectativa nos estudantes que planejaram seus estudos para o Sisu de 2024”.
Pais e alunos dizem que a decisão foi tomada sem ampla consulta aos setores educacionais, estudantes e sociedade civil. Por isso, defendem que “é mais prudente e coerente manter a medida, especialmente para o Processo seletivo de 2024, enquanto se debate amplamente uma transição planejada”.
O estudante João Pedro Garcia, 20 anos, que faz cursinho há dois anos, diz que existe uma desigualdade de estudo grande entre alunos de Mato Grosso e de outros estados. “Os alunos das escolas do Estado não conseguem concorrer, por exemplo, com estudantes que vem de escolas como Poliedro, Farias Brito, Escola Naval e Dom Pedro II, entre outras. Antes da bonificação, bastava ver a lista de aprovados e a maioria era de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e outros estados. Com a bonificação, isso mudou”, avalia.
Segundo a estudante Aline Alencar Aburad, 18 anos, em seu primeiro ano de cursinho, "é revoltante a revogação da resolução de forma tão repentina e às vésperas do resultado do Enem". Para ela, "a bonificação visou equalizar o sistema de vestibular que é injusto". A estudante acrescenta: "A impressão é que o sistema educacional não age em prol da educação de fato". Ela lembra que em outros estados a bonificação está mantida assim como na Universidade Federal de Rondonópolis.
“Não houve debate sobre uma medida que impacta fortemente pais e alunos. Essa decisão repentina ignora desigualdades regionais e tira dos nossos filhos a chance de competir em condições mais justas. A revogação poderia ser discutida e implementada no próximo Enem, mas não assim de última hora causando insegurança para todos", afirma a professora Luciana Paixão, mãe de aluno que está em um cursinho há dois anos tentando uma vaga na UFMT.
Segundo a professora Suzana Luz, proprietária de um curso preparatório para vestibular, o bônus foi concedido aos alunos das escolas mato-grossenses após várias consultas e deliberações. "No entanto, abruptamente, foi retirado sem um debate maior com estudantes, pais e professores.
Gostaríamos de uma transição mais democrática e que, se fosse desativado o bônus, ocorresse apenas Enem do próximo ano", afirma. Além disso, de acordo com ela, "a UFMT deveria exibir dados que provassem ser o bônus regional algo negativo para o Estado".
Desigualdades e desafios
No documento, o argumento é do que, no caso de Mato Grosso, as desigualdades regionais são evidentes. “Estudantes enfrentam limitações educacionais e econômicas que justificam políticas de ação afirmativa, como a bonificação. A revogação da medida promove uma igualdade aparente, mas ignora os desafios estruturais enfrentados pelos estudantes locais.
Alunos do Estado enfrentam dificuldades específicas, como: baixa qualidade de ensino médio em muitas regiões; desigualdade de acesso a recursos educacionais em comparação a grandes centros urbanos; e limitações socioeconômicas que dificultam a competitividade em um processo seletivo nacional”, de acordo com o documento.
“A eliminação da bonificação desconsidera desigualdades e compromete o papel social da UFMT como promotora da inclusão regional”, segundo o documento que pede para o Consepe analisar o caso em 72 horas.
O argumento da UFMT para a revogação foi o de que a decisão ad referendum seguiu recomendação do MEC. “Embora o parecer do MEC seja orientador, ele não possui caráter vinculativo. A autonomia universitária, garantida na Constituição Federal, permite que a UFMT estabeleça políticas de inclusão regional, desde que devidamente justificadas como no caso da Resolução nº 431”, diz o documento.
Interessados em assinar o documento online podem acessar o link: https://chng.it/KWSd5BgCTy
Notícias dos Poderes
Polícia do RJ prende investigados por vender carne podre da enchente no RS
22 de Janeiro de 2025 as 15h55Homem carrega mãe de 100 anos morta em cadeira de rodas após ‘demora’ para remoção do corpo
Serviço social teria demorado muito para remover o corpo, e o homem decidiu levá-lo até o CRAS
22 de Janeiro de 2025 as 15h37Residencial Jardim Califórnia chega a 30% de execução da obra; Parque Amazonas I e II também avançam
22 de Janeiro de 2025 as 15h27'Até final do ano, teremos 100% da BR-163 de Cuiabá até Sinop em obras', afirma governador
Mauro Mendes adiantou que parte das obras já serão finalizadas ainda em 2025
22 de Janeiro de 2025 as 10h34Médica morre presa às ferragens em batida envolvendo carro e carreta na BR-070
Corpo foi encaminhado ao IML
22 de Janeiro de 2025 as 08h31Pais mortos na frente do filho foram assassinados por dívida de 800 cabeças de gado em MT
Vítimas foram identificadas como Romildo Borges Martins, de 40 anos, e Crislene Aparecida Ferreira Alves, de 39 anos.
21 de Janeiro de 2025 as 20h00Delegado: 'Foi desmedido; indiciarei por tentativa de homicídio'
Soldador alegou que esposa era humilhada; delegado diz não haver indício de violação de direitos
21 de Janeiro de 2025 as 19h56Preços da gasolina e diesel vão subir a partir de 1º de fevereiro; entenda os motivos
O aumento nos valores cobrados nos postos de combustíveis ocorre mesmo sem um reajuste da Petrobras
22 de Janeiro de 2025 as 07h10