Laudo de engenheiro recomenda demolição do Ginásio Benedito Santiago

Inspeção predial realizada em fevereiro aponta necessidade da demolição da maior parte da estrutura

Um laudo de inspeção predial, formulado em fevereiro deste ano, pode embasar o veto do poder executivo ao projeto de lei que pede o tombamento histórico do Ginásio Benedito Santiago, em Sinop. O documento recomenda a demolição parcial da estrutura, apontando riscos na edificação.

O laudo foi elaborado pelo engenheiro da prefeitura, Italo Guzzo Neto, em 12 de fevereiro de 2015. Em sua avaliação o engenheiro classificou o ginásio como em “péssimo estado de conservação” – recomendando a demolição de praticamente todas as estruturas do ginásio.

O laudo relata a necessidade de demolição das telhas, da estrutura de cobertura, dos pisos, da estrutura de concreto armado, das portas, forro de madeira e instalações elétricas. Nesse caso “demolição” é remover todas essas estruturas e instalar novas – sem condições de recuperação.

O engenheiro listou ainda que o ginásio não respeita as normas relacionadas a acessibilidade e também não apresenta projeto de prevenção e combate à incêndio. “Solicita-se a demolição urgente da estrutura devido ao alto grau de comprometimento”, concluiu o engenheiro no relatório.

Dos 12 itens analizados no laudo, apenas 3 apresentam bom estado de conservação. São as paredes e divisórias internas, o revestimento de alvenaria que cerca parte da estrutura e a pintura, refeita recentemente.

Localizado no cruzamento das Avenidas Jacarandás com Embaúbas, o Benedito Santiago é o mais antigo ginásio coberto de Sinop e uma das 3 quadras com medidas oficiais para competição existentes na cidade. Em pleno uso, o ginásio é objeto de uma mobilização dos vereadores, que pretendem tombar a estrutura como patrimônio histórico. A lei para tal fim foi aprovada no dia 6 de julho, por unanimidade na casa de leis e agora aguarda a sanção. A iniciativa foi tomada após o poder executivo sinalizar a intenção de demolir a estrutura e construir no local um centro cultural – que acomodaria prédio histórico do Colonial, a ser reconstruído pela Colonizadora Sinop.