Vendas de sentenças
Justiça mantém prisão de lobista e afastamento de desembargadores investigados por esquema de vendas de sentenças em Cuiabá
Andreson Gonçalves é suspeito de ser o intermediário no esquema. Os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho são investigados por receber vantagens financeiras para julgarem recursos conforme os interesses do advogado Zampieri
Geral | 10 de Dezembro de 2024 as 09h 45min
Fonte: Redação G1-MT
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão do lobista e empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, alvo da Operação Sisamnes, que investiga um esquema de venda de sentenças, em Cuiabá. A decisão, do ministro Cristiano Zanin, também manteve o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, que também foram alvos das investigações. O documento foi publicado nessa segunda (9).
O g1 entrou em contato com a defesa do lobista, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. A reportagem tenta contato com a defesa dos desembargadores.
Andreson é suspeito de ser o intermediário no esquema de venda de sentenças. Ele foi preso no dia 26 de novembro. A esposa do empresário, Mirian Ribeiro Gonçalves, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Em novembro, a defesa dele pediu ao STF para trancar a ação que o investiga, mas o pedido foi negado.
A PF também vasculhou a casa dos desembargadores no mesmo dia em que o lobista foi preso. Em agosto deste ano, mensagens no celular do advogado assassinado, Roberto Zampieri, levaram ao afastamento dos magistrados por suspeita de venda de decisões.
Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados — Foto: Reprodução
Mandados
A Polícia Federal também cumpriu 23 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, além de medidas cautelares como instalação de monitoramento eletrônico, sequestro, arresto e indisponibilidade de bens e valores dos investigados. Além disso, o escritório de Zampieri foi alvo de um mandado, em Cuiabá.
O esquema envolve advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Também são investigadas negociações sobre o vazamento de informações sigilosas, como detalhes de operações policiais, segundo a polícia.
Investigações
As investigações começaram quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descobriu que os dois desembargadores mantinham uma amizade com o advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, e recebiam vantagens financeiras para julgarem recursos de acordo com os interesses do advogado.
O grupo pedia dinheiro para beneficiar partes de processos judiciais ilegalmente. Em seguida, emitia decisões favoráveis a esses "clientes", ainda conforme investigações.
A Polícia Federal também investiga negociações ligadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais.
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