Governo de MT inicia duplicação do penúltimo trecho da BR‑163 entre Várzea Grande e Jangada

Com investimento de R$ 431,3 milhões, obras vão duplicar 56 km da rodovia federal e expandir 4G e área de escape — conclusão prevista para 2026.

O governo de Mato Grosso e a concessionária Nova Rota do Oeste assinaram, em 18 de julho de 2025, a ordem de serviço da 8ª e penúltima etapa da duplicação da BR‑163, compreendendo 56,2 quilômetros entre Várzea Grande e Jangada, com investimento de R$ 431,3 milhões.

O governador Mauro Mendes qualificou o momento como “um avanço histórico” e ressaltou que até o fim deste ano cerca de 130 km estarão concluídos — um recorde nacional para rodovias federais. Segundo ele, o objetivo é encerrar todas as obras em metade do prazo previsto inicialmente, com mais de 230 km duplicados até 2026.

Paralela à pista duplicada, o projeto inclui a construção de três acessos, quatro pontes, um viaduto, passarelas, 2 km de via marginal, uma área de escape na Serra de São Vicente (R$ 17,8 milhões) e a implantação de conectividade 4G em toda a extensão de 850,9 km concedidos à Nova Rota do Oeste .

O vice-governador Otaviano Pivetta destacou que Mato Grosso assumiu um papel de protagonismo: “É uma homenagem à vida dos mato-grossenses”, afirmou, mencionando que somente o estado poderia conduzir o projeto diante do desinteresse privado.

O apoio financeiro do BNDES via linha Finem foi lembrado pela diretora Luciana Costa, que ressaltou a solidez do financiamento, com R$ 5,05 bilhões aprovados entre recursos diretos e debêntures — parte de um investimento total de R$ 9 bilhões para duplicar os 444 km sob concessão.

A presidente da ANTT, Guilherme Sampaio, enalteceu a coragem do governo estadual e da concessionária em resolver gargalos de infraestrutura. A duplicação já alcançou significativa redução de sinistros — o trecho entre Diamantino e Nova Mutum registrou queda de 82% no número de mortes.

O projeto deverá gerar cerca de 3.400 empregos diretos e indiretos durante a construção, e 2.400 após a entrega, além de reduzir em até 20% o tempo de viagem entre Cuiabá e Sinop, e diminuir em 35% os acidentes ao longo da rodovia.

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