Em alerta
Garimpos concentram 65% dos casos de malária registrados em MT
Levantamento aponta que mais de mil casos foram notificados no Estado apenas em 2023
Geral | 22 de Janeiro de 2024 as 07h 06min
Fonte: Mídia News

Após duas mortes em decorrência de malária serem registradas no estado no ano de 2023, Secretaria de Saúde emitiu um alerta para o aumento da doença em municípios com áreas de garimpo.
Em dados levantados pela Vigilância Epistemológica estadual é possível identificar que dos 1.105 casos de malária registrados no estado, 65% foram concentrados em áreas de garimpo e 8% em áreas indígenas.
Segundo o professor aposentado da UFMT e pesquisador na área da infectologia, Cor Jesus, o aumento de casos de malária nessas áreas é resultado da soma de baixas condições socioeconômicas, dificuldade de monitoramento por órgãos sanitários e das condições climáticas favoráveis para o mosquito transmissor.
“Muitos garimpos brasileiros, e alguns em Mato Grosso, são implantados em terras indígenas e, por isto, são clandestinos e ilegais. Por estarem nessas condições, as autoridades de saúde dos municípios que os albergam não têm o devido compromisso de atuarem rapidamente nesses espaços, haja vista que são da governabilidade estadual ou federal. Esse atraso na implantação de medidas de controle da transmissão resulta em elevação do número de casos e, portanto, das fontes de infecção, fechando o ciclo vicioso”, diz o médico, que realiza pesquisas no Hospital Júlio Muller e no Instituto Butantã.
Doença infecciosa febril aguda, a malária é transmitida no Brasil principalmente por mosquitos da espécie Anopheles darlingi. De acordo com Cor Jesus, as condições ambientais em Mato Grosso contribuem para a alta concentração do mosquito.
“A densidade de mosquitos vetores nas áreas de garimpo, que sempre envolvem modificação ambiental e da bacia hidrográfica, é geralmente maior do que aquela observada em outros sítios ecológicos", explica.
Contudo, Cor Jesus ressalta que a transmissão da doença só ocorre por vetores já infectados por outros pacientes com malária.
Com tratamento realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente infectado pode apresentar sintomas como febre, calafrio, dor de cabeça, dor nas costas, dor nas juntas, náusea e vômitos, a partir de 14 dias após a picada do inseto.
“Qualquer pessoa que tenha estado em área de garimpo ou de alta taxa de malária e apresentar um dos sintomas, deve ficar atento pois pode ser malária. Em Cuiabá, um serviço de referência que funciona muito bem é o Ambulatório de Infectologia do Hospital Júlio Müller. Ao procurar imediatamente a UPA, para não atrasar o diagnóstico, diminui a probabilidade da doença ficar grave” alerta Cor Jesus.
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