Desastre
Fogo no Pantanal ameaça pecuária de corte e leite com morte de animais e queima de pastagens
A região pantaneira de Mato Grosso tem cerca de 1,6 milhão de animais distribuídas em cerca de 3,6 mi propriedades rurais, conforme o Indea
Geral | 20 de Novembro de 2023 as 19h 20min
Fonte: O documento
![]( http://www.gcnoticias.com.br/files/fotos/mega_noticias/full/37396.jpg )
O incêndio que queima o Pantanal há meses queimou pastagens e matou muitos animais por fome, sede e o calor extremo. A região pantaneira de Mato Grosso tem cerca de 1,6 milhão de animais distribuídas em cerca de 3,6 mil propriedades rurais, conforme o Indea.
O fogo tem levado os animais ao estresse a perda do rebanho, impactando diretamente na pecuária de corte e de leite. Além disso, descapitaliza os produtores rurais que já recorreram ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) Rural para se recuperar do incêndio de 2020. Na época foram liberados R$ 92 milhões em crédito.
“Estudos mostram que para bovinos recém-nascidos, a temperatura mínima crítica é de 10ºC, com o conforto térmico entre 18 e 21ºC, e o limite máximo é de 26ºC. Nos bovinos europeus, a temperatura mínima é de -10ºC, conforto térmico entre -1 e 16ºC, sendo a temperatura máxima de 27ºC. Já nos bovinos indianos, o limite mínimo é de 0ºC, o conforto térmico entre 10 e 27ºC e a temperatura máxima suportada de 35ºC”, explica o gerente de Produtos & Trade da Biogénesis Bagó, Caio Borges.
Ele comenta que, quando são submetidos a temperaturas elevadas que ultrapassam o índice considerado suportável, os animais ficam sujeitos à hipertermia, exigindo processos termorreguladores de perda de calor para o retorno da temperatura corporal normal (homeostase). Além disso, quando os limites toleráveis são ultrapassados, alguns impactos são gerados no desempenho e na saúde do animal, como redução da imunidade, diminuição da produção de leite, perdas reprodutivas, aumento da incidência de acidose ruminal e queda no consumo de matéria seca.
“A resposta do animal ao estresse é determinada pela intensidade e duração da exposição ao estressor, podendo gerar respostas adaptativas comportamentais, como, por exemplo, a redução de atividade nas horas mais quentes do dia, intensificação do pastejo durante a noite, busca por sombra e/ou imersão em água durante o dia, respostas fisiológicas como aumento da frequência respiratória, redução no metabolismo energético e respostas imunológicas que levam à redução da imunidade do animal”, lista Borges.
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