Homem foi solto
Filha de mulher que teve coração arrancado: 'A nossa paz acabou'
Lumar Costa da Silva foi considerado inimputável e absolvido sumariamente pelo crime ocorrido em 2019.
Geral | 23 de Junho de 2025 as 14h 58min
Fonte: Repórter MT

A filha de Maria Zélia da Silva, que foi brutalmente assassinada e teve o coração arrancado pelo próprio sobrinho, Lumar Costa da Silva, se revoltou com a decisão da Justiça de Mato Grosso que determinou a soltura do criminoso. Segundo ela, a família recebeu a notícia com "muito medo" e que a partir de agora voltaram a ter "momentos de terror".
"A gente recebe isso com muito medo, infelizmente a nossa paz acaba de novo, mais uma vez. [...] Vai ser momento agora de terror e pressão psicológica", disse Patrícia Cosmo em entrevista à Rádio Capital.
No último dia 18, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a desinternação de Lumar. O crime aconteceu em julho de 2019 e chocou o Brasil.
Em decisão, o magistrado pontuou que, embora persista o diagnóstico psiquiátrico de transtorno mental crônico e não tenha havido cessação formal da periculosidade, a condição clínica atual do paciente permite o manejo adequado de sua condição no âmbito do tratamento ambulatorial intensivo.
"A rede de saúde local, notadamente o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no município de Campinápolis/SP, oferece a estrutura necessária para acompanhamento clínico contínuo, aliado à supervisão do responsável legal, no caso, seu genitor, e à obrigação de envio de relatórios periódicos a este Juízo", diz trecho de decisão.
"Diante desse cenário, torna-se evidente que a manutenção do paciente em regime de internação não se justifica, mostrando-se adequada, suficiente e proporcional a sua continuidade no regime de acompanhamento ambulatorial intensivo", emendou.
Relembre o caso
Lumar veio de São Paulo para Sorriso à procura de oportunidades de emprego e foi morar com a tia, Maria Zelia da Silva Cosmos, que era evangélica e aceitou abrigá-lo até que ele se estabilizasse na cidade.
Os dois logo começaram a ter problemas no convívio por conta do comportamento de Lumar. Num episódio em que ele estava ouvindo música em volume muito alto, a tia pediu que ele fosse morar em outro lugar.
Em 2 de julho de 2019, ele foi até a casa da tia, onde a encontrou sentada na área de casa, chamou ela para conversar dentro da residência e a atacou com golpes de faca. Com a tia no chão, ele dilacerou o peito dela e arrancou o coração dela.
Em seguida, roubou R$ 800 da tia e fugiu com o órgão escondido em uma sacola plástica. Ele foi até a casa da prima e entregou o coração da mãe dela. Ainda tentou sequestrar a filha da prima, de apenas 7 anos.
Em 24 de junho de 2022, Lumar foi absolvido de forma sumária em razão de doença mental grave, comprovada por laudo médico.
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