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Boa tarde, Quarta Feira 03 de Setembro de 2025

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Caso Internacional

Família descobre que mulher cometeu suicídio assistido após ela dizer que viajaria de férias

Geral | 03 de Setembro de 2025 as 14h 07min
Fonte: Revista Marie Claire

Foto: Reprodução

A irlandesa Maureen Slough, de 58 anos, disse à família que iria passar férias na Lituânia em julho deste ano. No entanto, ela confessou a dois amigos que, na verdade, estava viajando sozinha para a Suíça para realizar seu suicídio assistido. O procedimento é legal no país desde a década de 1940.

Mesmo com o pedido de segredo, um dos amigos enviou uma mensagem à Megan Royal, filha de Maureen, sobre a situação. “Ele simplesmente mandou: 'Sua mãe está na Suíça. Você tem o direito de saber. Jurei segredo. Ela está lá e quer suicídio assistido'. Eu fiquei com muito medo naquele momento”, contou a mulher em entrevista ao Irish Independent.

Durante suas últimas horas na Suíça, Maureen enviou uma série de mensagens aos amigos -- em uma delas ela confidenciou seu sofrimento em vida: "Não sou eu mesma. Sinto como se estivesse vivendo no inferno há um ano e não é nada bom. Acordo chorando, tremendo, tudo, porque estou com medo o tempo todo, e não é assim que quero viver."

Filha recebeu mensagem após a morte

Incapaz de contatar sua mãe na Suíça, Megan ligou imediatamente para seu pai quando soube de tudo. No entanto, no dia seguinte ela recebeu uma mensagem de WhatsApp notificando-a sobre a morte de sua mãe.

"O pior foi que não só recebi a mensagem, como também me avisaram que as cinzas dela seriam enviadas pelo correio em 6 a 8 semanas. Naquele exato momento, como eu estava sozinha, sentei-me ali com o bebê [seu filho] e chorei... Senti como se meu mundo tivesse acabado." Ela afirma que a mensagem veio da Pegasos, uma organização sem fins lucrativos de assistência à morte em Liestal, Suíça.

Megan descobriu ainda que sua mãe havia enviado discretamente um pedido pelo suicídio assistido e pago cerca de £ 13.000 (cerca de R$95 mil na cotação atual) para tirar sua vida.

Ela descreveu Mareen como uma "mulher impetuosa, inteligente e dedicada", mas que também tinha um longo histórico de doenças mentais e havia tentado suicídio no passado enquanto lutava para lidar com a morte de suas duas irmãs mais novas. Megan declarou que a família tentou ajudá-la naquele momento difícil.

"Ninguém está dizendo que ela não estava sentindo dor. Não uma dor forte o suficiente para acabar com a própria vida. Ela tinha muito mais vida para viver e dar... Ela só estava passando por um momento difícil. Ela não estava em estado terminal ou, na minha opinião, doente o suficiente para fazer isso e deixar nossa família para trás daquele jeito", disse ainda ao jornal irlandês.

Família tenta entender circunstâncias do suicídio assistido

Ao Irish Independent, a Pegasos afirmou que Maureen "passou por uma extensa avaliação antes de sua morte, incluindo uma avaliação psiquiátrica independente que confirmou que ela estava sã."

Também disse que a irlandesa os informou sobre seu histórico e afirmou repetidamente que sofria de 'dor crônica insuportável'. Eles ainda teriam recebido uma carta da filha, Megan, afirmando que ela "foi informada da decisão da mãe e, embora não concordasse, aceitou."

A organização declarou também que a filha foi contatada diretamente por e-mail para "confirmar a autenticidade da carta" e que Megan havia respondido "para confirmar e se desculpou por não poder acompanhar a mãe à Suíça."

No entanto, Megan e sua família acreditam que o e-mail foi respondido por Maureen enquanto se passava pela filha. "Isso tudo é só uma história confusa. Nem era meu e-mail. Hoje em dia, em 99% dos casos, você recebe uma ligação no seu celular. Então, por que não é assim quando você está prestes a perder a vida?", questionou ela.

A mulher diz ter contatado o Ministério das Relações Exteriores, da Comunidade e do Desenvolvimento do Reino Unido, pedindo que investigue o caso de sua família junto às autoridades suíças.