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Infecção grave

Família acredita que ostra contaminada pode ter causado morte de advogado de MT no RN

A família de João Marcos acredita que a ostra estava contaminada e uma inflamação em sua garganta o tornou mais suscetível a infecção bateriana

Geral | 06 de Novembro de 2024 as 19h 05min
Fonte: Unica News

Foto: Reprodução

A família do jovem advogado João Marcos Araújo Sousa, que morreu devido a uma infecção causada por bactéria enquanto passava férias no Nordeste, acredita que a causa  de seu falecimento possa estar ligada a uma ostra contaminada que o rapaz comeu na praia, enquanto ainda estava em João Pessoa (PB).

Durante viagem para o Nordeste com amigos, João Marcos visitou algumas cidades e estados. Quando estava em Pipa, distrito no município de Tibau do Sul–RN, o rapaz passou mal e precisou ser internado, alguns dias depois ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital na Capital do estado nordestino, mas não resistiu e morreu nessa terça-feria (05).

O advogado tinha 23 anos e era de Ribeirão Cascalheira, mas cursou Direito na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Campus Araguaia, em Barra do Garças. Ele conclui o curso este ano e atualmente, fazia parte do escritório de Sandro Saggin, que lamentou a morte do jovem.

"A gente fica muito consternado. Era um jovem que veio de Ribeirão Cascalheira, fez o curso de Direito aqui na UFMT com todo sacrifício, com toda dificuldade, comendo no restaurante universitário com toda humildade. Veio estagiar aqui no nosso escritório, tinha um futuro brilhante, passou na primeira prova da OAB, já estava inscrito na OAB como advogado, aos 23 anos. Foi a primeira viagem de féria dele, foi conhecer algumas cidades do Nordeste com os amigos e de repente acontece uma tragédia dessa. Foi uma coisa muito chocante, muito triste", lamentou Saggin, em entrevista a imprensa local.

Saggin contou que João Marcos ainda estava na Paraíba quando notou uma inflamação na garganta. No domingo, 27 outubro, ele foi até a praia, onde comeu as ostras. Dali, ele seguiu viagem para Pipa e na quarta-feira (30.10) passou mal e precisou ser levado até uma unidade de saúde, logo foi entubado e precisou ser transferido para o hospital da Capital.

Conforme Sandro Saggin, que vem mantendo contato com a família de João Marcos, acredita-se que a ostra estava contaminada e a inflamação em sua garganta, de alguma forma, tornou mais o jovem mais suscetível a ser contaminado com a bactéria que lhe causou a infecção.

"Ele comeu mariscos, frutos-do-mar, e uma ostra. O que se suspeita, em primeira análise, é que essa ostra poderia estar contaminada e como ele estava com a garganta inflamada, talvez isso tenha facilitado a entrada da bactéria no corpo", contou Saggin.

O advogado contou ainda que no início do tratamento, os médicos suspeitaram que João Marcos havia sofrido uma embolia pulmonar, no entanto, uma médica cardiologista realizou outros exames, identificando que o pulmão do paciente estava limpo e descartou a hipótese. Quando o jovem começou a apresentar febre foi que passou a ser investigada a hipótese uma infecção.

A Polícia Civil nordestina, que foi acionada pelo próprio hospital, está ouvindo todas as partes, inclusive os amigos de João Marcos, para descobrir o quê e onde ele comeu. Um exame de necropsia também foi realizado para confirmar a causa da morte.