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Política

Ex-secretário de Saúde entrega esquema político de Emanuel Pinheiro para contratar indicações de vereadores

O ex-secretário Huark Correia foi quem delatou o esquema de contratação de servidores temporários para uso político; Huark foi preso duas vezes por irregularidades na Saúde

Geral | 19 de Outubro de 2021 as 10h 06min
Fonte: Júlia Munhoz

Foto: Divulgação

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá Huark Correia foi quem entregou ao Ministério Público, as informações que resultaram na operação Capistrum, deflagrada desta terça-feira (19.10), que resultou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e a primeira-dama Márcia Pinheiro. Segundo ele, foram contratados 250 servidores temporários para uso de interesse político do emedebista.

Conforme a decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, foram cumpridos mandados de busca na casa de Emanuel, no bairro Jardim das Américas, e na Prefeitura de Cuiabá. O foco da ação seriam documentos, computadores e celulares.

Segundo o Ministério Público, os alvos da ação integram uma organização criminosa voltada a contratação temporária de servidores públicos, para atender interesse político do prefeito Emanuel Pinheiro, ainda em 2018, no primeiro mandato do emedebista.

O ex-secretário foi afastado do cargo em dezembro de 2018, após pedido do Ministério Público Federal. Depois disso, celebrou acordo de não persecução cível e confirmou todo o esquema ao Ministério Público Estadual.

Dias depois do afastamento Huark foi preso duas vezes, uma em dezembro de 2018, após a deflagração da segunda fase da 'Operação Sangria' e a outra em março de 2019 após desdobramentos da mesma operação.

“Huark Correia disse ainda que, no período de sua gestão, a Secretaria de Saúde de Cuiabá teria contratado 250 servidores temporários, cuja contratação, em sua maioria teria sido realizada para atender interesses políticos do prefeito Emanuel Pinheiro; e que o próprio prefeito teria dito ao acordante que as referidas contratações seriam um “canhão político”. Que eram levadas a cabo por indicação política, principalmente dos vereadores, que visavam retribuir a compra de apoio político; esclarecendo, também, que muitas contratações eram realizadas sem necessidade e envolviam pessoas que não tinham formação profissional para o cargo que desempenhavam, causando prejuízo ao erário”.