Para conter a COVID-19
Especialistas em economia defendem medidas mais rígidas de distanciamento social
Em carta aberta, mais de 300 economistas afirmam que medidas eficazes farão o país sair mais rápido da pandemia e, assim, retomar os empregos
Geral | 22 de Março de 2021 as 14h 28min
Fonte: Lucas Rodrigues - Secom-MT

Mais de 300 especialistas da área econômica do país divulgaram carta aberta, neste domingo (21.03), na qual defendem distanciamento social mais rígido para superar a pandemia com maior eficácia e, assim, retomar o crescimento econômico e a geração de empregos.
O documento foi assinado por nomes como os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero, e os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida, além de vários economistas de renome no cenário nacional e internacional.
Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) mostram que ainda há forte resistência da adesão ao distanciamento social em Mato Grosso. No último final de semana, apenas 36,87% da população aderiram ao isolamento, sendo o 2º pior estado do ranking.
Conforme os estudos mais recentes da comunidade internacional, o distanciamento social pode reduzir de 29% a 64% a taxa de transmissão do vírus.
Para o grupo de economistas, o Brasil é o epicentro mundial de contágio da covid-19, se aproximando da marca de 3 mil mortes por dia e 300 mil mortes totais pela doença, somado à falta de vacinas suficientes, profissionais médicos, leitos de UTI, insumos e o aumento da letalidade das novas variantes do vírus. O grupo afirma que só existem três soluções, que precisam ser usadas em conjunto: vacinação em massa, distanciamento social e uso de máscaras.
“A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais”, diz trecho da carta.
De acordo com o grupo, com o agravamento da pandemia e o esgotamento dos recursos de Saúde, muitos estados não possuem outra alternativa “senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não essenciais e o toque de recolher à noite”.
Medidas fundamentais
Os especialistas defendem que é importante a implementação de auxílio financeiro aos mais vulneráveis para aumentar a adesão ao distanciamento, bem como apoio a pequenas e médias empresas.
Nesse ponto, o Governo de Mato Grosso – em parceria com a Assembleia Legislativa – criou o SER Família Emergencial, que dará suporte a mais de 100 mil famílias para a compra de alimentos, além da distribuição massiva de cestas básicas.
Também foram prorrogados impostos e estão sendo concedidas linhas de créditos para MEI, micro, pequenas empresas, e setores de bares, restaurantes e eventos. Pagamentos de IPVA e licenciamento foram igualmente prorrogados.
“Há sólida evidência de que programas de amparo socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda, que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis financeiramente”, afirmam.
O grupo de especialistas também considera que não é verdadeiro o dilema de “salvar a economia x salvar vidas”. Eles lembraram que mesmo os países que inicialmente evitaram o lockdown, tiveram que adotar a medida depois em razão do agravamento da pandemia.
"A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país. Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada", ressaltam.
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