Sinop
Disputa entre empresas derruba valor da licitação para asfalto em R$ 4 milhões
Depois do duelo de valores, empresas tentam abocanhar contrato “no tapetão”
Geral | 29 de Março de 2023 as 16h 29min
Fonte: Jamerson Miléski

Uma compra de materiais asfálticos, orçada pela prefeitura de Sinop por R$ 8,4 milhões, acabou saindo por quase metade do preço. O pregão presencial 011/2023, aberto na terça-feira passada (21), contou com 6 empresas disputando 4 dos 6 itens da licitação, concorrência que redesenhou o parâmetro de preços traçado pela prefeitura.
O certame era para compra de emulsão asfáltica, CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), com e sem aditivo. No total, são mais de 6 mil toneladas de material a ser utilizado pela secretaria municipal de Obras, para manutenção e recuperação do pavimento, além da instalação de travessias elevadas – que conjuga uma lombada com uma faixa de pedestres.
Nos dois itens referentes à emulsão asfáltica, não houve disputa. A prefeitura orçou a compra em R$ 320 mil e a proposta vencedora foi de R$ 260 mil. Quem venceu o lote foi a Arapetro, uma empresa de Sinop, acostumada a vender para órgãos públicos.
A novidade foi o acirramento no CBUQ. A prefeitura estabeleceu como preço base R$ 1.443,75 por tonelada do concreto com aditivo e R$ 1.267,50 a tonelada sem aditivo. No fim, o preço ficou em R$ 760,00 e R$ 645,00, respectivamente – desconto superior a 48%. E esse nem foi o menor preço ofertado.
O lance mais baixo, no CBUQ com aditivo, foi da Admf Comercio Produtos Trat. de Agua e Serv. LTDA, empresa com sede em Cuiabá, que aceitou vender o material para prefeitura por R$ 758,00. Mas a Admf acabou sendo inabilitada do certame, por não apresentar as certidões de regularidade fiscal estadual e municipal – exigidas no edital da licitação.
Quem acabou sendo declarada vencedora foi a Massaforte Ltda, com um preço de R$ 760,00 – apenas R$ 2,00 acima. Essa foi a única empresa a participar do certame que conta com uma usina de CBUQ instalada em Sinop. Na disputa pelo CBUQ sem aditivo, a Massaforte também se sagrou vencedora, com uma proposta de R$ 645,00 a tonelada.
No total, o valor licitado com a proposta da Massaforte ficou R$ 4.215.000,00, com mais R$ 260 mil para Arapetro, fechou em R$ 4,4 milhões – R$ 4 milhões a menos do que a prefeitura havia estimado.
Embora a fase de lances já tenha sido superada, a licitação continua sendo disputada “no tapetão”. Como algumas empresas apresentaram recursos junto à comissão responsável, o processo ainda não foi concluído.
Concorrendo com recurso
A Rondopav Asfalto, que participou do certame, entrou com um recurso questionando a habilitação da Massaforte. Essa empresa criada no ano de 2021, que tem sua sede em Porto Velho (RO), questionou o laudo técnico apresentado pela Massaforte. O que a Rondopav sustenta é que o laudo foi emitido e assinado pela própria empresa, como se fosse uma “auto-certificação” e, portanto sem credibilidade.
Em suas contrarrazões, a Massaforte alegou que o edital não fez exigências sobre o laudo e que a comprovação apresentada tratou-se de uma venda, feita a outro cliente, atestando a exigência técnica. A Massaforte também apresentou um documento mostrando que o engenheiro que assina o laudo não é um funcionário da empresa – afastando a tese de auto-certificação.
A Rondopav ficou longe de ser a empresa mais competitiva do certame. Na fase de lances ela parou quando os preços chegaram a R$ 1.270,00 a tonelada de CBUQ com aditivo. O lance final da Massaforte foi de R$ 760,00 – muito mais vantajoso para prefeitura de Sinop. Nos demais lotes, a empresa sequer fez oferta.
Situação bem diferente envolve a Bruno Mineiro Construtora Ldta, empresa fundada no ano de 2015 e que tem sua sede em Itaituba (PA). Ela foi extremamente competitiva na fase de lances no item 4 do edital – referente a compra de CBUQ, sem aditivos, na conta reservada para ME e EPP (Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). A Bruno Mineiro venceu a fase de lances nesse item, com uma oferta de R$ 646,00 a tonelada de CBUQ. Posteriormente a empresa foi inabilitada pela comissão de licitação, alegando que a empresa não apresentou a prova de regularidade fiscal junto à fazenda estadual e federal – mesmo critério que tirou a ADMF do certame. A empresa alegou que existem regras diferentes para micro e pequenas empresas, sustentando que poderia apresentar tal certidão posteriormente. A Massaforte questionou a alegação.
Com a Bruno Mineiro inabilitada, a comissão de licitação chamou o segundo colocado, no caso a Massaforte, para cobrir o preço. A empresa ofertou R$ 645,00 – 1 Real mais barato.
A Bruno Mineiro também repetiu a alegação da Rondopav, referente ao laudo técnico da Massaforte.
Agora cabe a comissão de licitação julgar os recursos e contrarrazões, para então homologar o resultado da licitação, autorizando assim a prefeitura a comprar tais materiais.
Notícias dos Poderes
Motoristas das categorias C, D e E com exame toxicológico vencido têm até o dia 28 para regularização
A renovação do exame é obrigatória a cada dois anos e seis meses
08 de Dezembro de 2023 as 15h32PIX automático e gratuito estará disponível em outubro de 2024
Ferramenta permitirá pagamentos recorrentes e até mesadas
08 de Dezembro de 2023 as 12h09Provas do processo seletivo da Educação serão neste domingo (10)
Os candidatos deverão ficar atentos quanto ao horário do fechamento dos portões, que ocorrerá pontualmente às 7h45
08 de Dezembro de 2023 as 11h48Parada Natalina será hoje (08) com mais de 90 personagens a partir das 18h
O desfile também será realizado nos dias 16/12 e 23/12
08 de Dezembro de 2023 as 11h46Anuário Jurídico MT 2023 é lançado em versão digital
08 de Dezembro de 2023 as 11h40Podas drásticas de árvores só podem ser feitas com autorização; confira como solicitar
08 de Dezembro de 2023 as 10h48Famílias prestigiam apresentações culturais do Natal dos Sonhos
08 de Dezembro de 2023 as 10h36Arena Pantanal recebeu 400 mil pessoas em eventos realizados neste ano
O estádio mantido pelo Governo de Mato Grosso recebeu importantes competições e eventos
07 de Dezembro de 2023 as 15h21