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Extração ilegal

Dez municípios representam 70% da exploração ilegal de madeira em MT

Geral | 19 de Julho de 2024 as 10h 00min
Fonte: O documento

Foto: Divulgação

Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a exploração de madeira em Mato Grosso atingiu 219 mil hectares. Desse total, em 48 mil hectares a extração ocorreu de forma ilegal, como aponta o mapeamento do Sistema de Monitoramento e Exploração Madeireira (Simex). Os dados mostram que 72% dos crimes ambientais estão concentrados em apenas 10 dos 142 municípios do estado.

A cidade que mais presenciou a exploração ilegal foi Aripuanã, (1.002 km ao Norte de Cuiabá) que, sozinha, foi responsável por 19,4% dos 48 mil hectares explorados. A lista com os campeões na ilegalidade é seguida por Nova Maringá (12,9%), Colniza (9,5%) e Juara (9,5%) (400 km, 1065 km e 709 km de Cuiabá). Os demais municípios podem ser vistos no gráfico abaixo.

O resultado do mapeamento apontou que no estado, de agosto de 2022 a julho de 2023 foram explorados 219 mil hectares de floresta nativa, sendo que a maior parte, 170 mil hectares (78%), ocorreram de forma legal, com autorização e em área autorizada. Diferente do desmatamento, em que existe a retirada total da vegetação, na exploração madeireira são retiradas determinadas árvores da floresta.

O coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), Vinicius Silgueiro, explica que a maior parte da exploração (64%) ocorreu em propriedades rurais e privadas cadastradas na Secretaria de Estado e de Meio Ambiente (SEMA-MT).

“Os dados mostram que ainda existem gargalos a serem superados e mais esforço a ser investido para o monitoramento e fiscalização da atividade madeireira no estado”, explicou. “Essa exploração ilegal acarreta prejuízos econômicos e na degradação florestal, que leva à perda de biodiversidade e do próprio potencial madeireiro, além do aumento da emissão de gases de efeito estufa”, complementou.

A exploração ilegal, apesar dos números altos, teve uma baixa de 40% se comparado ao mesmo período anterior. A prática  foi encontrada em 230 imóveis, e apenas 20 deles correspondem a ⅓ de toda ilegalidade.

Terras Indígenas e Unidades de Conservação

A exploração ilegal de madeira nesse período também afetou Terras Indígenas. Ao todo, foram 11,4 mil hectares registrados em 13 territórios. Os mais afetados foram as TIs Arara do Rio Branco, Aripuanã e Parque do Xingu.

Entre as Unidades de Conservação, o Parque Estadual Tucumã e as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Ronuro foram as mais impactadas. Juntas, elas somam 80% da área explorada nessa categoria.

O mapeamento evidenciou uma redução de 42% na exploração ilegal de madeira nas terras indígenas e 82% de redução da exploração em unidades de conservação.

 

O que é a Rede Simex?

A rede Simex  é composta pelo ICV, Imazon, Imaflora e Idesam e tem o objetivo de monitorar a Amazônia para mapear as áreas submetidas à exploração de madeira na região. Tanto o mapeamento quanto a validação da legalidade verificada foram realizados por meio de cooperação técnica entre o ICV e a SEMA-MT.