Errata
Denúncia de extração ilegal na Fazenda Ibicaba é falsa
Reportagem foi feita por uma empresa de assessoria de comunicação contratada
Geral | 08 de Outubro de 2020 as 11h 23min
Fonte: Redação

No dia 25 de setembro, o GC Notícias replicou uma reportagem que relatava uma operação feita pelo Ibama na Fazenda Ibicaba – no município de Marcelândia – para conter a extração ilegal de madeira. A publicação foi removida do site assim que falhas na informação começaram a ser constatadas.
O conteúdo foi enviado por uma empresa de consultoria e assessoria de imprensa, a Novo Selo Comunicação – com sede em Brasília. Além do texto, havia imagens e documentos que davam um “verniz de autenticidade” ao conteúdo produzido. A Novo Selo é uma empresa privada que cobra por esse tipo de serviço.
Uma das imagens enviadas pela Novo Selo foi retirada do perfil pessoal de Luiz Carlos da Silva – que no passado chegou a trabalhar na Fazenda Ibicaba. Luiz Carlos disse ao GC Notícias que a foto copiada pela Novo Selo do seu perfil foi feita na Fazenda Balsa, que fica em Juína – onde é o seu atual local de trabalho. Carlos disse que a madeira que aparece na foto foi extraída de forma legal, com base no Projeto de Manejo Florestal Sustentável da empresa Fortevale Agroflorestal. Ou seja, as fotos e a madeira extraída não tem relação com a Fazenda Ibicaba – ao contrário do que a assessoria privada quis fazer parecer.
O GC Notícias encaminhou um e-mail para a Novo Selo e para o jornalista que assina a matéria. Nossa reportagem questionou quem havia sido o contratante daquele material e os números dos processos que o texto listava. Não fomos respondidos.
Extração ilegal?
A reportagem feita pela empresa de assessoria narrava uma ação do Ibama na Fazenda Ibicaba fazia parte da “operação Brasil Verde 2” – de combate aos incêndios florestais e desmatamentos.
A Fazenda Ibicaba tem 130 mil hectares. O Ibama de fato esteve na fazenda, no dia 21 de setembro, em uma ação de rotina. O órgão lavrou uma autuação por “danificar 422,3 hectares de florestas, objeto de especial preservação, sem licença da autoridade ambiental competente”. A autuação não cita extração ilegal de madeira – tampouco cita o destino dessas toras. Os responsáveis pela área autuada podem apresentar defesas e a audiência de conciliação está marcada para dezembro desse ano.
Recentemente a SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso), esteve na Fazenda Ibicaba. Conforme o laudo emitido pela secretaria, não houve desmatamento ou retirada ilegal de madeira na propriedade. O mesmo laudo confirma que Manoel do Nascimento Vieira Araújo (acusado na reportagem da Novo Selo), não realizou a extração ilegal de madeira na Fazenda Ibicaba.
Fazenda está em disputa judicial
Desde 2019 a Fazendo Ibicaba é objeto de uma disputa judicial. Os atuais proprietários, Manoel do Nascimento Vieira Araújo e Neith Agropecuária, Informática e Participações S/A, adquiriram a propriedade da empresa GW Empreendimentos Imobiliários Ltda., Garon Ribeiro e Moraes e Willian Alves Ferreira.
Manoel do Nascimento e a empresa Neith Agropecuária, estão em polos opostos dessa disputa. A Neith Agropecuária, o seu advogado, Antônio Augusto de Souza Coelho e outras pessoas estão sendo investigados por praticar crime de estelionato por tentar adquirir a Fazenda Ibicaba de forma fraudulenta, sem pagar pelo imóvel. As investigações são demandadas pelo empresário goiano Manoel do Nascimento e os ex-proprietários, GW Empreendimentos, Willian Alves Ferreira e Garon Moraes e Ribeiro. Eles afirmam serem alvos de um golpe que está causando “prejuízos milionários”.
Os processos correm na Agrocham – uma Câmara de Arbitragem e Mediação do Agronegócio. Existem ações na justiça comum para reverter decisões já proferidas por esse juizado arbitral.
Investigado pela Lava-Jato
O advogado paulista Antônio Augusto Souza Coelho – que representa e a empresa Neith Agropecuária, Informática e Participações S/A – foi um dos alvos da Operação “E$quema S”, realizada pela Força Tarefa da Operação Lava Jato deflagrada no início de setembro de 2020. A operação investiga desvios de recursos superiores a R$ 150 milhões em contratos do SESC e do Senac.
A juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo, Luciana Menezes Scorza, no dia 28 de setembro, determinou à Polícia Federal a realização de Relatório de Análise do material apreendido na Operação com o advogado Antônio Coelho. Nesse relatório deverão constar qualquer informação relacionada à Fazenda Ibicaba, GW Empreendimentos Imobiliários Ltda., Jane Escame Ferreira, Gabriela Fagundes Marquez, Garon Ribeiro e Moraes, Willian Alves Ferreira, Huaia Missu Agropecuária S.A, LPW Ativos Ambientais S.A., Ibicaba Agro-Pastoril S.A., Geral Agronegócio Ltda., Manoel do Nascimento Vieira Araujo, Neith Participações S.A. e Carlos Neri – todas as partes envolvidas no processo da Fazenda Ibicaba.
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