Golpe
Delator revela que General de Bolsonaro recebeu dinheiro de 'pessoal do agro'
Braga Netto esteve em MT em 2022 para eventos no Nortão
Geral | 14 de Dezembro de 2024 as 13h 54min
Fonte: UOL
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou à Polícia Federal que o general Braga Netto, preso na manhã deste sábado (14), disse que o dinheiro para o suposto plano de golpe de Estado veio do "pessoal do agronegócio".
Em 2022, Braga Netto, então candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), esteve em Mato Grosso e participou de eventos em Sinop e Sorriso, onde se reuniu com empresários e produtores rurais da região. Alguns deles, inclusive, estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de financiarem a tentativa de golpe de Estado.
O que aconteceu
Cid deu detalhes sobre o dinheiro vivo que Braga Netto teria arrecadado para o plano de golpe. Em depoimento no dia 21 de novembro, Cid afirmou que o ex-ministro entregou recursos em uma sacola de vinho aos chamados "kids pretos", membros das Forças Especiais do Exército que teriam planejado matar autoridades no final de 2022.
Segundo Cid, Braga Netto disse aos militares que o dinheiro "havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio". No trecho do depoimento revelado pela PF, não há informação sobre quem seriam os doadores nem qual valor teria sido entregue. No dia 7 de dezembro, a defesa de Braga Netto afirmou, em nota, que o general "não coordenou e não aprovou plano qualquer e nem forneceu recursos para tal".
O dinheiro, segundo Cid, foi entregue ao major Rafael de Oliveira, um dos kids pretos investigados pela PF. De acordo com o delator, Braga Netto entregou o dinheiro a Oliveira durante um encontro "no Palácio do Planalto ou da Alvorada", em dezembro.
Segundo a PF, os 'kids pretos' fizeram gastos em espécie para o plano de matar autoridades. O relatório que pediu a prisão de Braga Netto afirma que os militares compraram, com dinheiro vivo, um aparelho celular e quatro chips usados no plano 'Copa 2022', que pretendia matar ou sequestrar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 15 de dezembro daquele ano.
Mensagens apontam que militares fizeram orçamento de R$ 100 mil. Mauro Cid e o major Rafael de Oliveira, preso em novembro, fizeram uma "estimativa de gastos" para despesas como material, hospedagem e alimentação de militares entre novembro e dezembro de 2022. A PF citou essas tratativas no relatório que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, mas não concluiu se o dinheiro chegou a ser levantado.
“O general Braga Netto entregou o dinheiro que havia sido solicitado para a realização da operação. O dinheiro foi entregue numa sacola de vinho. O general Braga Netto afirmou à época que o dinheiro havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio”, diz trecho de depoimento de Mauro Cid à PF em 21 de novembro.
Militares fizeram estimativa de gastos
Braga Netto foi preso por suspeita de obstrução de Justiça. Mauro Cid disse à PF que o general tentou obter detalhes da delação premiada dele, no final do ano passado. Um documento que continha supostos detalhes da delação de Cid foi apreendido pela PF, no mês passado, com o coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, que também é alvo da operação de hoje.
O general foi preso em Copacabana e ficará sob custódia do Exército, no Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. Braga Netto chegou de viagem na noite de sexta-feira (13) e, por isso, a PF fez a prisão em um sábado.
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