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Celeridade

Cuiabana conta como recebeu transplante de órgão pelo SUS com apenas 9 horas de espera

Após a cirurgia bem-sucedida, Edilma entrou em um período de recuperação que demandou dedicação e compromisso

Geral | 31 de Agosto de 2023 as 16h 21min
Fonte: PNB Online

Foto: Arquivo pessoal

A cuiabana Edilma Fernandes Nogueira, de 40 anos, precisou de apenas nove horas na lista de espera de transplante de órgão do Sistema Único de Saúde (SUS) para que pudesse garantir uma nova chance na vida. Nesse breve intervalo, Edilma passou da incerteza à esperança, recebendo um novo fígado que permitiu a retomada de sua vida cotidiana, interrompida por uma grave doença que a afetou por longos meses.

Como conta à reportagem do PNB Online, tudo começou no final de 2017, quando Edilma descobriu sofrer de uma cirrose biliar primária, uma doença hepática autoimune caracterizada pela destruição progressiva dos ductos biliares intra-hepáticos. Inicialmente, ela tentou tratamentos em Cuiabá, incluindo medicamentos, mas dada a natureza avançada do caso, a cirrose já havia se estabelecido e os tratamentos não estavam surtindo efeito. A necessidade de um transplante de fígado se tornou determinante para que ela continuasse viva.

Após a constatação da necessidade do transplante, Edilma foi encaminhada para Brasília, onde passou por uma série de avaliações médicas e exames em 2018. Em outubro daquele ano ela foi oficialmente listada para um transplante de fígado. “Entre indas e vindas, voltei para Brasília no dia 17 de outubro de 2018, às 5 horas da tarde. Eu estava descendo do avião, liguei o celular, e falei com enfermeira no setor hepático. Confirmaram algumas informações e ela comunicou que eu entrei na lista às 17h”, relembra.

Não demorou para que recebesse a ligação pedindo que ela voltasse urgentemente ao hospital. “Eu estava hospedada na casa de uma família que me recebeu em Brasília. Eu sentia muito cansaço e estava muito mal. Eu dormi e acordei meia noite. Vi que tinha uma ligação perdida e uma mensagem pedindo para que eu retornasse com urgência para o hospital. Eu retornei e eles me informaram que a partir daquele momento, não era para eu comer nem beber mais nada porque eu faria o transplante”, conta.

 

Uma nova vida

Após a cirurgia bem-sucedida, Edilma entrou em um período de recuperação que demandou dedicação e compromisso. Ela seguiu à risca todas as orientações médicas, desde a fisioterapia até a readequação de sua alimentação. Uma dieta rigorosa, sem sal, açúcar, alimentos ultraprocessados ou crus, tornou-se sua nova realidade.

Hoje, Edilma celebra uma vida que ela considera plena e normal, mesmo com algumas restrições impostas pelo transplante. Não só recuperou sua saúde, mas também se reencontrou com suas paixões, além de ter tido a possibilidade de ser mãe novamente. “Vivo em Guarantã do Norte, faço teatro, estudo. Depois do transplante eu entrei em uma faculdade, fiz essa graduação, agora já estou em outra. Faço parte ativamente da Igreja Batista da cidade. As restrições por ser transplantada não me paralisam em nada. Eu inclusive consegui engravidar novamente, tenho hoje uma bebê de oito meses”.

 

Caso Faustão

Na última semana, o apresentador de TV Fausto Silva passou por um transplante de órgão viabilizado pelo SUS. A rapidez com que ele recebeu um novo coração gerou discussões nas redes sociais, levando a acusações de que, em razão de sua fortuna, ele teria sido privilegiado na espera. O Ministério da Saúdefoi rápido em refutar as alegações, enfatizando que a concessão de órgãos segue protocolos imparciais. De acordo com a pasta, quase 30% dos pacientes deste ano aguardaram por um transplante cardíaco por menos de um mês.

A agilidade na cirurgia cardíaca de Fausto Silva se deve à gravidade de seu estado de saúde, marcado por uma insuficiência cardíaca avançada. O grau de urgência é um critério determinante na hierarquia da lista de espera, superando a ordem de registro dos pacientes.

No início do mês, o apresentador foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por tratamento de diálise devido a um choque cardiogênico. Esse cenário surge quando o coração perde a capacidade de bombear sangue eficazmente para os órgãos, requerendo intervenção medicamentosa para manter a circulação.