Em Sinop
Candidato a reitor diz que é preciso trazer a sociedade para dentro da UFMT
Professor Paulo Teixeira também defende aparelhamento da instituição e descentralização da gestão
Geral | 09 de Março de 2016 as 17h 27min
Fonte: Jamerson Miléski
O candidato a reitor da UFMT pela chapa 2, professor Paulo Teixeira de Sousa esteve nesta quarta-feira (9), no campus da universidade em Sinop. A visita faz parte da campanha do candidato que tem mantido contato frequente também com a população acadêmica do interior do Estado.
O diálogo, a interiorização da UFMT e principalmente a descentralização da gestão nos diferentes campi do Estado marcam o projeto do candidato à reitoria. “Nosso plano de gestão para a UFMT foi construído a partir do que ouvimos de professores, técnicos e acadêmicos em todo o Estado”, revela o professor.
Ainda em outubro do ano passado, antes de confirmar a sua participação no processo eleitoral da UFMT, Teixeira realizou uma série de reuniões, com o propósito de construir a “Agenda +50”. Esse programa teve como objetivo construir as diretrizes que nortearão os próximos 50 anos da principal instituição de ensino superior do Estado – em 2016 a UFMT completa 46 anos.
Desse compendio saiu a base do programa de gestão do candidato. Na entrevista concedida ao GC Notícias, Teixeira falou da necessidade de descentralizar a UFMT. “Eu venho de um Estado que tem 13 instituições de ensino e todas vão bem. Parte disso deve-se ao modelo descentralizado de gestão”, comentou.
Teixeira disse que pretende implantar um sistema democrático para a escolha de pró-reitores. Hoje, os gestores dos campi da UFMT são nomeados pelo reitor. Teixeira quer que os professores, técnicos e acadêmicos de cada unidade possam ter a autonomia para eleger seu gestor.
E vai além. Segundo o candidato, faz parte da sua plataforma o apoio a descentralização dos campi. Ele citou Rondonópolis, que há anos busca o desligamento orçamentário com a capital, tornando-se assim independente. “Sabemos que esse anseio também existe na UFMT de Sinop. Apoiaremos essa iniciativa e haja estruturas e condições, daremos a autonomia para que descentralize sua gestão”, afirmou.
Para dirimir os efeitos da centralização, Teixeira pretende implantar um orçamento participativo, em que cada pró-reitoria ajudará a construir o planejamento financeiro da instituição. O orçamento da UFMT para 2016 é de R$ 732 milhões. “Hoje 77% desse valor vai para folha de pagamento, que também está defasada. Sobra muito pouco ou nada para investimento e outras iniciativas. Só para se ter uma ideia, em 2016 serão pouco mais de R$ 2 milhões para despesas com material de consumo. Isso é praticamente nada considerando todos os campi e extensões. A UFMT não pode se prender ao orçamento que recebe do MEC. É preciso ir além disso”, afirmou Teixeira.
“Ir além”, para o candidato, é buscar outras formas de promover melhorias no ensino superior. Teixeira defende a necessidade de aproximar a sociedade da UFMT. Não apenas para “ajudar a pagar a conta”, mas também para propor, opinar, cobrar e projetar o futuro da instituição. “Nós somos a única instituição pública que capacita as pessoas para nos cobrarem”, fraseou Teixeira que pretende implantar um conselho consultivo em cada campus, composto por pessoas dos diferentes setores da sociedade.
Outro ponto abordado pelo candidato é a necessidade de expandir os programas de assistência estudantil. Segundo o professor, um dos maiores problemas da UFMT Sinop é o índice de evasão acadêmica. “Isso acontece porque em algum momento do curso o acadêmico encontra dificuldade de se manter estudando”, pontua. A solução, na visão do candidato a reitor, é ampliar o acesso a bolsas de estágio, iniciação científica, de esportes ou simplesmente de apoio ao estudante. Estruturas de apoio, como Restaurante e Casa do Estudante, são outras iniciativas possíveis. “A comunidade tem muito a acrescentar e a ganhar nesse processo, sem nunca esquecer que a função da UFMT é servir a sociedade”, defende.
Na parte burocrática da gestão, Teixeira falou da necessidade de implantar um critério claro para a lotação de técnicos e professores que trabalham na UFMT e da modernização do sistema de protocolos, prestação de contas e consultas da instituição. “Nossa tecnologia é do século 19. Precisamos modernizar isso”, afirmou.
O candidato também pretende implantar uma ouvidoria na UFMT, afim de aumentar a transparência, e um sistema de acompanhamento dos acadêmicos formados pela instituição. “Precisamos saber se a sua formação está de acordo com as exigências do mercado para balizar nossas políticas de ensino”, ressaltou.
Paulo Teixeira de Sousa já ocupou os cargos de pró-reitor de Planejamento, Pró-Reitor de Pesquisa, coordenador dos Programas de Pós-Graduação em saúde e Ambiente, fundador Centro de Pesquisas do Pantanal. Atualmente integra o quadro de professor de graduação e pós-graduação, é coordenador do Programa Centro Interdisciplinar de Estudos em Biocombustíveis, vice- coordenador do INCT /Áreas Úmidas e secretário de Relações Internacionais da UFMT.
A eleição será no dia 16 de março. Acadêmicos, professores e técnicos tem direito ao voto, que é facultativo.
A UFMT hoje
A principal universidade de Mato Grosso conta com 4 unidades: Cuiabá (sede), Rondonópolis, Sinop e Alto Araguaia. São 23 mil acadêmicos, 1,8 mil professores e 1,3 mil técnicos que fazem parte da UFMT.
O índice geral de cursos da universidade é expressivo. A instituição tem nota geral 4, em uma escala que vai de 0-5. O índice está intimamente ligado a qualidade do ensino. Na pós-graduação são 48 cursos, em que, numa escala de 0 a 7, apenas 4 tem nota 5 e 30 tem nota 4.
A UFMT cresceu de forma expressiva nos últimos 15 anos. Hoje são mais de 140 cursos. Em Sinop são 11 cursos regulares.
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