Atentado
Candidato à Presidência do Equador é assassinado em Quito
Fernando Villavicencio foi assassinado com três tiros na cabeça após deixar comício na capital equatoriana
Geral | 10 de Agosto de 2023 as 02h 01min
Fonte: O Globo

O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado nesta quarta-feira com três tiros na cabeça após deixar um comício no auditório de uma escola no norte da capital Quito. A informação foi confirmada pela assessoria e por um amigo pessoal, Carlos Figueroa, que anunciou a morte em um vídeo publicado nas redes sociais. Um dos suspeitos pelo crime, que havia sido preso, foi morto na prisão.
Jornalista e candidato pelo Movimento Construye, ele foi morto por volta das 18h20 do horário local (20h30 no horário de Brasília). Testemunhas disseram que ouviram rajadas de tiros e Villavicencio cair no chão gravemente ferido. Ele foi levado para atendimento médico imediatamente na Clínica da Mulher, um centro de saúde próximo ao local do atentado, mas não apresentava mais sinais de vida.
Segundo fontes próximas à campanha, ao menos oito pessoas ficaram feridas, sete delas foram hospitalizadas no mesmo local para onde Villavicencio foi levado. A Polícia Nacional montou uma operação para localizar os responsáveis pelo incidente. As ruas próximas foram fechadas.
O atual presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou estar "indignado e chocado" com o caso em uma publicação no Twitter. Ele prestou solidariedade à família de Villavicencio e enfatizou que o crime "não ficará impune".
"O Gabinete de Segurança se reunirá dentro de alguns minutos em Carondelet [sede do governo equatoriano]. Pedi à presidente do CNE (Comissão Nacional de Eleições), Diana Atamaint; à procuradora-geral do Estado, Diana Salazar; ao presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela; e às demais autoridades do Estado que participem dessa reunião com urgência para lidar com esse evento que consternou o país", afirmou Lasso. "O crime organizado foi longe demais, mas todo o peso da lei recairá sobre ele.
Luta contra a corrupção
Villavicencio, que aparecia em quinto lugar nas pesquisas entre os candidatos à sucessão de Guillermo Lasso, apresentou-se aos eleitores como um combatente à corrupção sob o slogan "É hora dos corajosos". Uma de suas principais propostas de governo era a implementação do Plano Nacional Antiterrorismo, que começaria com a identificação das estruturas mais perigosas que operam no Equador: tráfico de drogas, mineração ilegal, corrupção e suborno, ligadas entre si e à política, a fim de combatê-las.
Não foi a primeira vez que ele foi vítima de um atentado. Na madrugada de 3 de setembro de 2022, criminosos atiraram contra sua casa. Sua esposa foi quem ouviu os tiros e pediu ajuda à polícia do distrito norte de Quito. Na época, ele recebeu a solidariedade de um pequeno grupo de membros da Assembleia Nacional.
O político de 59 anos foi membro da Assembleia Nacional até sua dissolução e presidente da Comissão de Fiscalização da Casa. Como deputado, foi criticado por suas ações no processo de impeachment contra Lasso, já que seu comitê emitiu um relatório favorável ao presidente que não teve o apoio dos outros legisladores.
O atentado acontece 11 dias antes das eleições presidenciais em um país sufocado por uma crise sem precedentes. Durante a campanha, o prefeito de Manta — cidade com um porto importante para o tráfico de drogas — e um candidato à deputado foram assassinados
Repercussão
Luisa González, a candidata do ex-presidente Rafael Correa que lidera as pesquisas, suspendeu sua campanha e expressou seu repúdio categórico:
— É com indignação que recebo a terrível notícia do ataque que causou a morte de Fernando Villavicencio, isso é uma vergonha para todos nós, minha solidariedade se estende a toda a sua família e correligionários. Esse ato vil não ficará impune — enfatizou durante um comício, em que anunciou a paralisação do ato de campanha.
Jan Topic, outro candidato à Presidência, também anunciou a suspensão da campanha e prestou solidariedade à família.
"Em virtude do trágico assassinato de Fernando Villavicencio, em respeito a essa morte infeliz e pela segurança da minha equipe de campanha e dos brigadistas, decidi suspender momentaneamente minhas atividades de campanha", declarou em seu perfil no Twitter.
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