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Manifestação

Bolsonaro fala por telefone em ato em Cuiabá e pode ter violado decisão do STF

Geral | 04 de Agosto de 2025 as 08h 04min
Fonte: O documento

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro participou por telefone, da manifestação realizada neste sábado (3) na Praça 8 de Abril, em Cuiabá. Com sua fala transmitida por viva-voz e amplificada em microfone para centenas de pessoas. O gesto, embora breve, pode representar violação das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde julho, Bolsonaro está proibido de usar redes sociais, inclusive de forma indireta, e de participar de manifestações públicas cuja fala venha a ser divulgada posteriormente. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e referendada por unanimidade pelo STF. Especialistas afirmam que, mesmo sem publicar diretamente o conteúdo, a divulgação por terceiros pode configurar descumprimento.

A fala em Cuiabá segue o mesmo padrão de participação remota feita no domingo passado, no Rio de Janeiro, cuja gravação já está sob análise do Supremo. Caso entenda que houve nova infração, o STF pode agravar as medidas contra o ex-presidente — inclusive com a decretação de prisão preventiva.

A manifestação

O ato nacional “Reaja Brasil” começou por volta das 16h em frente ao restaurante Choppão, exibindo cartazes com frases como “Fora Moraes”, “Golpe é eleição sem Bolsonaro” e trechos do hino nacional, como “Verás que um filho teu não foge à luta”, em protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A maioria dos participantes trajava roupas nas cores verde e amarelo e portava bandeiras do Brasil; também foram vistas bandeiras dos Estados Unidos entre os manifestantes. Um trio elétrico foi montado no local para abrigar discursos de lideranças políticas, entre os quais está o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), além de deputados federais, estaduais e vereadores.

O movimento “Reaja Brasil” em Cuiabá integra um esforço nacional que convocou atos em ao menos 37 capitais e mais de 60 municípios, com pautas que incluem a anistia a Bolsonaro e réus do 8 de Janeiro, além de pedidos de impeachment de Moraes e Lula.

A mobilização também é motivada por críticas às medidas cautelares impostas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica, consideradas pelos apoiadores como censura e perseguição política.