Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa noite, Segunda Feira 14 de Julho de 2025

Menu

Decisão

Após espionar ministros do STF, coronel deixa MT e vai a prisão federal

Caçadini é suspeito de matar advogado Roberto Zampieri

Geral | 14 de Julho de 2025 as 11h 36min
Fonte: FolhaMax

Foto: Divulgação

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, determinou a transferência do coronel reformado do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, para o presídio federal em Brasília, considerado um dos líderes do C4, sigla para ‘Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos’, o grupo foi contratado para executar o advogado Roberto Zampieri. O grupo extermínio também atuava em espionagem contra autoridades, entre eles o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros do STF.

Na decisão, o ministro acatou os argumentos da Polícia Federal, que teme que a manutenção de Caçadini em prisão comum pode gerar possíveis vazamentos. “Diante desse cenário e considerando a importância de se assegurar a eficiência, a isonomia e a estabilidade no cumprimento da medida cautelar imposta, a Policia Federal sugere a Vossa Excelência a possibilidade de transferência do custodiado Etevaldo Caçadini para unidade do sistema penitenciário federal de segurança máxima’, pontuou a PF. Caçadini foi preso em janeiro de 2024 e transferido para Cuiabá.

Ele se encontra preso 44º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro em Cuiabá. A defesa do militar, advogada Sarah Quinet ti, confirmou a decisão e disse que está recorrendo da decisão.

Ela ainda afirmou que Caçadini está com câncer de próstata, e que precisa de cuidados especiais. O C4 foi descoberto durante a 7ª fase da Operação Sisamnes, que apura um esquema de venda de sentença em vários Tribunais de Justiça no Brasil.

Em Mato Grosso, os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho foram afastados por suspeitas de integrarem o esquema. Durante as investigações, a PF encontrou uma tabela que falava de um grupo chamado ‘Comando C4’, referência ao ‘Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos’.

O documento definia preços para a espionagem de autoridades, como senadores e ministros de Cortes Superiores, de R$ 150 a R$ 200 mil, e a utilização de hackers e garotas de programa como iscas para as ‘missões’. O nome C4 possui uma dupla referencia, sendo a primeira remetendo ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC) criados na década de 1960 no prelúdio ao Golpe Militar de 1964, com viés ideológico de extrema-direita que atuou até o final dos anos de chumbo no país.

Já C4 é o nome de um dos mais disseminados explosivos de emprego militar do mundo.