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Pista crucial

Após 2 mil anos, arqueóloga encontra pistas do túmulo perdido de Cleópatra no fundo do mar no Egito

Exploradora Kathleen Martínez localizou um sítio submerso perto de Alexandria que pode finalmente revelar o destino da última faraó do Egito Antigo

Geral | 24 de Setembro de 2025 as 12h 01min
Fonte: Por La Nacion — Buenos Aires

Foto: Divulgação/National Geographic

A exploradora da National Geographic, Kathleen Martínez, teria encontrado uma pista crucial a 50 quilômetros de Alexandria, na cidade costeira egípcia de Borg El Arab, que pode indicar a localização do túmulo perdido de Cleópatra, a última faraó do Egito Antigo e governante ptolomaica. Segundo a especialista, a resposta estaria sob as águas do Mediterrâneo.

Há 20 anos, a advogada dominicana que se tornou arqueóloga acompanha de perto a história de Cleópatra. Obcecada em descobrir o destino do corpo da rainha, ela iniciou uma investigação que, nas últimas semanas, a levou a um porto submerso. De acordo com detalhes da revista Nat Geo Historia, a imperatriz teria descansado em uma caverna escondida que desapareceu da superfície há 2 mil anos.

Porto submerso pode guardar segredo milenar

Em 18 de setembro, o Ministério do Turismo e Arqueologia do Egito destacou que o sítio submerso poderia ser Taposiris Magna. Ou seja, não apenas um porto, mas também um centro religioso e um ponto estratégico para o comércio marítimo no Mediterrâneo.

"Isso torna o templo verdadeiramente importante. Ele reunia todas as condições para ser escolhido como local de sepultamento de Cleópatra, ao lado de Marco Antônio", afirmou o arqueólogo, referindo-se ao político romano que se apaixonou pelo faraó e morreu após perder a batalha na costa da Grécia para o Império Romano.

Já em 2022, o especialista havia anunciado a existência de um túnel de 1.300 metros que se estendia até o mar, construído durante o reinado de Cleópatra. Vale ressaltar que 12 metros ainda permanecem acima do solo, enquanto o restante está submerso. Vasos e cerâmica ptolomaicos foram encontrados na região.

Segundo Martínez, ela descerá nos próximos dias com um pequeno submarino para investigar a área. Em 2 mil anos, ela será a primeira a explorar o porto de Taposiris Magna. A especialista acredita que ali poderia se encontrar o túmulo da rainha, cujo destino permanece envolto em mistério há séculos.

Cleópatra, Marco Antônio e um amor que transcendeu o império

Vale lembrar que Cleópatra e Marco Antônio se apaixonaram após o assassinato de Júlio César. Eles mantiveram um romance secreto por 11 anos, e a rainha frequentemente surpreendia o romano com excentricidades no mar, como o uso de uma barcaça dourada com música ao vivo.

A história de amor deles atravessou o tempo. Durante uma tentativa expansionista romana na África, as forças do imperador Otávio se enfrentaram com o exército egípcio no mar. Após a derrota, Marco Antônio se esfaqueou no mausoléu de Cleópatra. Ela, diante da iminente invasão romana, optou por não se deixar capturar e teria se suicidado com veneno de cobra, embora isso nunca tenha sido confirmado.

A partir daí, os corpos desapareceram, transformando-se em lenda. "Ela teve que escolher um lugar onde se sentisse segura para sua vida após a morte com Marco Antônio", explicou Martínez.