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Bom dia, Quinta Feira 17 de Julho de 2025

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Crime encomendado

'A médica que me abraçou foi o pivô da sua morte', desabafa mãe de homem morto pelo marido da amante

A vítima ficou internada por quase um mês, e apresentava melhoras no quadro clínico quando

Geral | 17 de Julho de 2025 as 07h 00min
Fonte: Unica News

Foto: Divulgação

Vera Regina, mãe de Ivan Michel Bonotto, que teve a morte encomendada pelo empresário Gabriel Tacca, se entristeceu mais uma vez ao ter que reviver a perda do filho. Ela lamentou ainda mais ao descobrir que a médica Sabrina Lara de Mello, esposa do homem que mandou matar seu filho, e que a abraçou cada vez que ia ao hospital, foi o “pivô” de sua morte. Ivan foi morto por estar tendo um caso extraconjugal com a profissional de saúde.

A mando de Gabriel, Ivan foi atacado a facadas dentro de uma distribuidora, no bairro Residencial Village, em Sorriso, na madrugada do dia 22 de março. A vítima ficou internada por quase um mês e apresentava melhoras no quadro clínico quando, de repente, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu em 13 de abril. As investigações apontam que o empresário planejou o crime após descobrir que a vítima estava tendo um caso com sua esposa, a médica Sabrina Lara.

Sabrina, Gabriel e o executor do crime foram alvos da Operação Inimigo Íntimo, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (15). Conforme as investigações, assim que descobriu que estava sendo traído, o empresário contratou o comparsa para executar Ivan. Enquanto estava internado no hospital, Ivan chegou a pedir que para não receber visitas de Sabrina Lara, Mas, segundo o delegado Bruno França, que está a frente das investigações, a médica insistia nas visitas, ainda que não fosse bem-vinda.

Gabriel e o executor foram presos durante a operação. A médica, flagrada apagando evidência de sua relação extraconjugal e também da amizade do casal com a vítima,  é investigada por fraude processual. Ao receber a notícia de que o filho havia sido morto devido a sua relação com a médica, a mãe de Ivan escreveu uma carta aberta nas redes sociais, onde falou sobre a dificuldade de reviver a perda e saber que quem parecia consolá-la, na verdade, tinha causado sua dor.

“Ah, meu filho. Que dia triste, hoje, com as notícias do dia do seu falecimento nas redes sócias, jornais, [de] que os culpados foram presos. A cidade de sorriso-MT está chocada. Sabe meu filho, a médica que me abraçava no hospital, a tal de Drª Sabrina Mello, foi a pivô da sua morte. Reviver tudo de novo não está sendo fácil pra mim, sua mãe, seu irmão”, escreveu Vera.

Na mesma publicação, Vera prometeu a si mesma buscar justiça pela morte do filho. “Mas crendo em Deus que ele faz o melhor por casa de nós. Eu, sua mãe, prometi a mim mesma que a justiça seria feita. Te amarei eternamente meu filho Ivan.”

Homicídio e investigações

Ouvido pela Delegacia de Sorriso, Gabriel, que é proprietário da distribuidora onde Ivan foi atacado, alegou que o crime se tratava apenas de uma briga de bar, que teve início após uma discussão que envolveu ofensas raciais, mas não que conhecia nenhuma das partes envolvidas. O autor das facadas chegou a se apresentar espontaneamente na delegacia e apresentou a mesma versão do empresário.

Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que, após o ataque, Gabriel ficou quase dois minutos conversando com o executor, antes que ele fugisse. E também que o empresário levou cerca de 11 minutos até acionar a polícia e o Corpo de Bombeiros para socorrer Ivan.

A partir daí, as investigações seguiram por caminhos que levaram a Polícia Civil a descobrir que, na verdade, a vítima era amigo de Gabriel e que também estaria mantendo um relacionamento amoroso com a sua esposa, a médica Sabrina Lara. Assim que descobriu que estava sendo traído, o empresário contratou o comparsa para executar a vítima em sua distribuidora, simulando a situação de uma briga no estabelecimento.

Ivan morava em Tapurah, mas sempre que ia para Sorriso se hospedava na residência do casal, tendo um forte vínculo de amizade e diversos registros de momentos de intimidade com os mandantes do seu homicídio.