Mato Grosso tem queda no analfabetismo e avança em escolarização entre jovens

Mato Grosso registrou avanços significativos em indicadores educacionais em 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais caiu para 3,8%, bem abaixo da média nacional, de 5,3%, colocando o estado na nona posição entre as menores taxas do país.

Entre os idosos com 60 anos ou mais, o índice de analfabetismo ainda é alto (15,7%), mas caiu 2,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Apesar disso, o percentual segue acima da média nacional para essa faixa etária (14,9%). Já entre os jovens de 15 a 17 anos, o estado teve o maior avanço do país na taxa ajustada de frequência escolar líquida, que considera quem frequenta ou já concluiu o ensino médio: salto de 13,9 pontos percentuais em um ano, alcançando 83,5%.

Outro dado positivo foi o aumento da proporção de pessoas com 25 anos ou mais que concluíram a educação básica obrigatória (ensino médio completo): 56,8%, acima da média brasileira (56%).

Entre as mulheres, o índice chegou a 61,8%, enquanto entre os homens ficou em 51,5%. A diferença também é expressiva quando o recorte é por raça: 64% das pessoas brancas completaram o ciclo básico, contra 53,4% entre pretos e pardos.

O número médio de anos de estudo da população mato-grossense de 25 anos ou mais também cresceu, passando de 9,9 para 10,3 anos. As mulheres puxam a média para cima, com 10,8 anos de estudo, enquanto os homens têm média de 9,8. A diferença entre brancos (11,1) e pretos ou pardos (9,9) permanece significativa.

Apesar das melhorias, o estado ainda não atingiu a meta nacional de 85% de frequência líquida ao ensino médio até o fim da vigência do Plano Nacional de Educação.