Visto para os EUA ficará R$ 1,4 mil mais caro para brasileiros a partir de nova lei de Trump

Além da nova taxa, legislação prevê investimento em deportações e cortes na saúde; Trump também criticou STF e ameaçou elevar tarifas caso o Brasil revide

O Senado e a Câmara dos Estados Unidos aprovaram um novo projeto de lei orçamentária que impactará diretamente os brasileiros que pretendem visitar o país. Batizada pelo presidente Donald Trump de “One Big Beautiful Bill” (“Lei Orçamentária Grande e Linda”), a legislação cria a chamada Taxa de Integridade de Visto, que adicionará US$ 250 — cerca de R$ 1,4 mil — ao valor pago atualmente pelo documento.

Ainda não há data exata para o início da cobrança, mas a lei entra em vigor nos Estados Unidos a partir de outubro de 2025. A princípio, a taxa adicional será aplicada a todas as categorias de visto, incluindo turistas, estudantes, trabalhadores temporários e imigrantes.

Além do aumento nos custos consulares, o texto destina recursos para intensificar deportações em massa e prevê cortes de gastos em impostos destinados à saúde pública norte-americana.

A decisão veio acompanhada de críticas de Trump ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Em carta publicada na rede social Truth Social, o presidente norte-americano alegou que o STF estaria censurando mídias sociais nos Estados Unidos, o que, segundo ele, fere a liberdade de expressão de seus cidadãos.

O republicano também mencionou os processos contra Jair Bolsonaro. “A maneira como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um Líder Altamente Respeitado em todo o Mundo durante seu Mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma desgraça internacional. Este Julgamento não deveria estar acontecendo. É uma Caça às Bruxas que deve terminar IMEDIATAMENTE!”, escreveu Trump.

Na mesma nota, Trump ameaçou retaliar caso o Brasil reaja aumentando tarifas sobre produtos norte-americanos. “Se por qualquer motivo você decidir aumentar suas Tarifas, então, qualquer que seja o número que você escolher para aumentá-las, será adicionado aos 50% que cobramos”, declarou.