Correção
Salário mínimo em 2025 deve subir a R$ 1.518; entenda
Se valor for confirmado, haverá uma perda R$ 10 por mês em relação à estimativa anterior. Motivo é uma medida proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso no pacote do corte de gastos
Economia | 27 de Dezembro de 2024 as 07h 09min
Fonte: Redação G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai publicar um decreto presidencial nos próximos dias para corrigir o salário mínimo.
Segundo interlocutores do governo, o valor deve subir dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025.
Se esse valor for confirmado, o aumento será de R$ 106, o equivalente a 7,5%. Haverá aumento real, acima da inflação.
A correção valerá a partir de janeiro, com pagamento em fevereiro. A publicação do decreto deve ocorrer até 31 de dezembro.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020, 2021 e 2022, o salário mínimo foi corrigido somente pela inflação, sem aumento real. Em 2023, foi previsto um pequeno aumento acima da inflação.
Perda de R$ 10
O aumento do salário mínimo em 2025 já considera a nova fórmula que foi aprovada como parte do pacote de corte de gastos. Veja detalhes abaixo:
Com a nova fórmula, a correção do salário mínimo para 2025 vai considerar a inflação do INPC calculada em 12 meses até novembro (4,84%) e o crescimento do PIB de dois anos atrás (3,2%). Mas, para limitar o crescimento das despesas, passa a valer um teto de 2,5%, em vez dos 3,2% que seriam usados pela regra anterior. Logo, o reajuste ficará menor do que o previsto antes da aprovação do corte de gastos.
Em valores: pela nova regra, o salário mínimo deve subir para R$ 1.517. Mas fontes do governo afirmam que haverá um arredondamento para R$ 1.518.
Se fosse mantido o critério anterior, sem o teto de 2,5%, o salário mínimo subiria para R$ 1.528 (considerando o INPC de 4,84% e os 3,2% referentes à variação do PIB de dois anos antes).
Conclusão: a nova regra causará uma perda de R$ 10 por mês em relação ao que vinha sendo estimado pelo governo.
Despesa menor em 2025
Como o salário mínimo é a referência no Brasil para corrigir também aposentadorias e benefícios previdenciários, o governo deixará de pagar cerca R$ 4 bilhões em 2025 com a mudança de regra.
Isso porque, de acordo com cálculos do governo, cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões.
A nova regra vai implicar em um crescimento menor do salário mínimo também nos anos seguintes.
Com isso, os aposentados, pensionistas e beneficiados por programas sociais, como o BPC, que não podem receber menos do que o mínimo, deixarão de receber R$ 110 bilhões até 2030.
Isso equivale a um terço da expectativa total de economia de dinheiro público no período: R$ 327,1 bilhões.
Referência para 59,3 milhões de pessoas
De acordo com uma nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada em dezembro do ano passado e atualizada em janeiro, o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil.
Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo ou múltiplos desse valor, há também as aposentadorias e benefícios vinculados, como o BPC.
O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador.
De acordo com o Dieese, o pacote fiscal proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso traz uma série de impactos significativos tanto para a economia quanto para a população, com efeitos já no curto prazo."Na economia, a restrição ao aumento real do salário mínimo pode afetar o consumo, já que a renda das famílias é um dos principais motores econômicos, como é possível observar no resultado do PIB do 3º semestre de 2024, por exemplo. Com menos dinheiro disponível, o consumo de bens e serviços tende a cair, com consequências negativas sobre o crescimento econômico", avalia o Dieese.
Notícias dos Poderes
Governo lança linha de crédito de R$ 12 bi para indústria 4.0
26 de Agosto de 2025 as 08h35Financiamento de veículos no Brasil cresce 2,1% em julho
No acumulado do ano até julho, as vendas de automóveis financiados totalizaram 4.047 mil unidades, o que representa uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024
26 de Agosto de 2025 as 08h20Tarifaço faz carne ficar mais cara nos EUA; como ficará o preço no Brasil?
25 de Agosto de 2025 as 08h59INSS começa a pagar benefícios de agosto nesta segunda; veja calendário
25 de Agosto de 2025 as 08h20Secretário de Fazenda prevê que tarifaço dos Estados Unidos terá pouco impacto em MT
25 de Agosto de 2025 as 07h535 boas opções de carros usados para pegar a estrada
Espaço, estabilidade e segurança: veja os modelos ideais para viajar com conforto e tranquilidade entre os seminovos à venda
23 de Agosto de 2025 as 09h22IBGE: cresce a fatia de brasileiros que moram em casa de aluguel; veja números
22 de Agosto de 2025 as 13h30O que explica MT estar no topo do ranking da desigualdade
Enquanto a maioria da população mal conseguiu recuperar a renda perdida após a pandemia, os super-ricos viram seus ganhos mais que dobrarem desde 2017, com aumento real de 108,5%
22 de Agosto de 2025 as 13h08