Novo código
Reforma Tributária deverá simplificar a legislação em Mato Grosso
Economia | 04 de Novembro de 2016 as 16h 35min
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema FIEMT

O Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt) participou, nesta sexta-feira (04/11), da apresentação da minuta do Projeto de Lei da Reforma Tributária estadual, que está em fase de elaboração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Representantes das entidades empresariais, da sociedade civil e dos Poderes Constituídos participaram do encontro, realizado no Palácio Paiaguás, e deverão avaliar o texto que será enviado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa, até o final de novembro.
O Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) atual, 1.0, tem 50 anos e nunca foi reformado, conforme o professor da FGV Eurico de Santi. “Ele traz tudo o que tem de ruim nas últimas décadas. O modelo atual sequer tem um número de páginas definidos, pois são muitas regras. Ter tanta regra é como não ter regra, qualquer coisa vale e é semente de divergência. As alíquotas distintas na cadeia de produção e consumo também desinformam os consumidores”, explica.
A proposta da equipe da FGV, composta ainda pelos professores Isaías Coelho, Nelson Machado, José Clóvis Cabrera e Vanessa Rahal Canado, sugere duas opções do ICMS- Cidadão para Mato Grosso: o 4.0 (a exemplo da Nova Zelândia) e o 3.3, que tem como base as melhores práticas nacionais, que contempla cinco princípios: simplicidade, isonomia, neutralidade, transparência e arrecadação. “A 3.3 tem apenas 33 páginas e está mais próxima da realidade. Estamos diante de uma grande oportunidade para Mato Grosso e o Brasil. Este Estado será referência para os demais”, avalia Santi.
Segundo a minuta apresentada, a proposta do novo ICMS 3.3 tem 10 premissas: 1 - Neutro, sem aumento da carga tributária. Desloca o tributo e passa a ser de consumo; 2 – Empoderamento da Assembleia Legislativa. A lei é regra. Atualmente é o executivo que conduz; 3 – Simplicidade para o contribuinte; 4 – Isonomia para o consumidor; 5 – Neutro para o ambiente de negócios; 6 – Transparente para o contribuinte consumidor e responsável; 7 – Arrecadar no lugar de desonerar. Onde todos pagam, todos pagam menos; 8 – Moderno e tem as melhores práticas nacionais; 9 – Respeito à Federação; 10 – Empoderamento do cidadão contribuinte no exercício da cidadania fiscal, com valorização da nota fiscal.
“Esta Lei é o veículo normativo único e exclusivo para o cidadão, contribuinte e consumidor do Estado de Mato Grosso estabelecer a incidência e a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e os Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), em conformidade com a garantia do parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, que prescreve que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos”, delimita a proposta da FGV.
De acordo com o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, a reforma tributária é o um anseio do setor industrial há mais de 20 anos. “Tenho desejo que todo cidadão e empresário seja beneficiado com a simplificação do código tributário, é inconcebível ter 470 mil palavras como temos no atual. O de São Paulo, por exemplo, tem 37 mil palavras. Nos últimos 10 anos, dobrou o tamanho dos departamentos fiscais das empresas para se conseguir acompanhar as mudanças nas regras em Mato Grosso. Entendo que é mais fácil se adequar ao novo sistema tributário do que continuar com o antigo, pois é certeza de ganho de produtividade. A Fiemt tem um corpo técnico especializado que irá analisar o modelo e dar o parecer”, afirmou Milan.
Avanços para Mato Grosso
Conforme o governador Pedro Taques, o Executivo Estadual tem hoje um cipoal legislativo, com decretos, portarias e atos administrativos que criam regras, o que é vedado pela Constituição. “Esse emaranhado cria insegurança jurídica e não é bom. Com esta proposta, o objetivo é criar a segurança jurídica. Por isso, não vamos impor nada, pois precisamos do conhecimento da prática. O que será apresentando será debatido com cada segmento para então apresentarmos na Assembleia Legislativa. Este projeto de reforma tributária cria a ambiência propícia a investimentos, gera renda e permite que o cidadão pague o que tem que pagar. Esta será a decisão mais importante na nossa administração: escolher que estado queremos. Queremos que os empresários fiquem e também atrair novos, pois são eles criam as riquezas do Estado”, ressalta Taques.
De acordo com o secretário de Estado de Fazenda, Seneri Paludo, a intenção é que o projeto seja aprovado ainda neste ano e entrar em vigor em 2017. “A Reforma tem três pilares: a nova legislação, o novo processo administrativo tributário e o Sistema de Safe, antifraude. Hoje precisamos avançar em um dos pilares, que é a nova legislação. Semana que vem a Secretaria estará disponível para os setores darem sugestões, assim como a frente parlamentar da Assembleia. Este processo não é fácil, toda mudança traz desconforto e precisa do esforço de todos para que Mato Grosso tenha um avanço significativo e saia do arcabouço jurídico, para termos melhorias no processo tributário”, completa.
Notícias dos Poderes
Brasil é o 4º país com maior proporção de jovens que não trabalham nem estudam, diz OCDE
11 de Setembro de 2025 as 12h15Quais são as profissões com o maior e menor salário de contratação no Brasil?
11 de Setembro de 2025 as 08h20Arrecadação do ICMS no turismo em MT cresce 203% e setor movimenta R$ 94 milhões
10 de Setembro de 2025 as 15h11Dinheiro 'esquecido' em bancos ainda soma R$ 10,7 bilhões; veja se tem direito
10 de Setembro de 2025 as 12h28BYD supera a Honda e já é a 7ª marca que mais vende automóveis 0km no Brasil; confira ranking
SUV híbrido Song é o mais vendido da chinesa no ano, com 23.654 unidades
09 de Setembro de 2025 as 12h45O que o Banco Central sabe sobre as brechas que facilitam ataques ao Pix
Autoridade monetária prepara novas regras para fechar corrigir falhas usadas pelo crime organizado para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio
09 de Setembro de 2025 as 13h30Preço da carne sobe mais de 20% em um ano no Brasil, mesmo com tarifaço que Trump impôs aos produtos de exportação
Parte da alta pode ser explicada pela estiagem típica dessa época do ano. Com menos pasto, o boi leva mais tempo para engordar
09 de Setembro de 2025 as 08h47Saiba como buscar negociação de pagamentos atrasados do IPVA 2025
Motoristas podem parcelar valores atrasados em até seis vezes, caso valores não tenham sido inscritos em dívida ativa
09 de Setembro de 2025 as 08h10