Economia
Preço dos combustíveis faz inflação de Sinop subir acima da média
No mês de outubro, inflação local foi de +1,14%
Economia | 01 de Dezembro de 2021 as 11h 46min
Fonte: Jamerson Miléski
A alta no preço dos combustíveis provocou uma reação em cadeia em todos os itens de consumo. É o que aponta o levantamento realizado pelo departamento de Economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop. O relatório divulgado nesta quarta-feira (1), mostra que a inflação local subiu 1,14% no mês de outubro. Com isso, a inflação acumulada dos últimos 12 meses é de 9,29%. A meta definida pelo Banco Central era de uma inflação de 3,75% em 2021. O IPCA mostra que a inflação nacional é ainda maior que a inflação local. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços subiram +10,67%.
No mês de outubro, os preços aos consumidores de Sinop subiram em todos os 9 grupos de consumo. De saúde à habitação, de alimentação à educação, tudo ficou mais caro. Segundo o economista que coordena o levantamento, Feliciano Azuaga, a alta geral nos preços está diretamente associada ao crescente aumento dos combustíveis. “Combustível é insumo básico. Quando sobe impacta toda cadeia de consumo”, avaliou.
Entre os 9 grupos que compõem a cesta de consumo do sinopense, o que mais subiu em outubro foi justamente o Transporte, com alta de +2,16%. Vestuário ficou na segunda posição com +1,64%. O grupo Alimentação – constantemente em alta – inflacionou +1,28%.
“A boa notícia é que nesta semana o preço internacional do barril de petróleo caiu 25%. Caso a Petrobrás e o governo transmitam essa redução, pode ser que tenhamos uma aliviada nos preços nesse final de ano”, comentou Azuaga.
Da mesma forma como o preço dos combustíveis pressionou a alta da inflação, uma redução de valores pode provocar uma queda geral no custo de vida.
O básico de luxo
O departamento de Economia da Unemat também monitora, desde 2013, o preço da cesta básica em Sinop. São 13 itens alimentícios em quantidades suficientes para nutrir um humano adulto pelo período de 30 dias – basicamente uma ração humana.
Em outubro, a cesta básica em Sinop chegou a R$ 630,32 – alta de +0,26% com relação ao mês anterior. Esses alimentos primários tem registrado uma constante alta nos últimos meses, sem sinais de retração. O relatório mostra que nem mesmo a queda no valor da arroba do boi gerou uma redução no preço da carne que integra a Cesta Básica.
Conforme o GC Notícias já divulgou (clique aqui para ver), há um ano a Cesta Básica em Sinop era comercializada a R$ 529,34. Antes disso, em 2019, os mesmos itens custavam R$ 426,85. Em dois anos o sinopense precisou gastar R$ 200,00 a mais para comprar as mesmas coisas.
A inflação isolada, só dos itens da cesta básica, corresponde à +47% em dois anos.
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