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Inflação

Preço dos alimentos tem leve queda em Sinop

Levantamento da inflação mostra recuo no custo com alimentação e cesta básica mais barata

Economia | 25 de Abril de 2023 as 11h 03min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: GC Notícias

Comer e beber ficou um pouco mais barato em Sinop no mês de março. É o que mostra o levantamento realizado pelo departamento de Economia da Unemat em parceria com a CDL Sinop. Essas duas entidades monitoram a variação dos preços ao consumidor desde 2013 e a oscilação no custo da cesta básica desde 2014.

A inflação local é medida através da variação nos preços de 9 grupos de consumo. Destes, a alimentação é o que tem o maior peso – representando 24% do orçamento familiar. Conforme o levantamento, no mês de março, o custo geral do grupo Alimentação teve uma queda de -0,02%.

Apesar da retração ser ínfima, o recuo ajudou a manter a inflação estável. Isso porque o grupo Transportes, o segundo com maior peso na composição da cesta de consumo, teve alta de 1,97%. Saúde (+0,48%), Habitação (+0,48%), Despesas Pessoais (+0,44%) e Comunicação (+0,43%), também tiveram altas consideráveis.

No apurado geral, a inflação de Sinop no último mês foi de 0,64%, somando um acumulado de 4,58% nos últimos 12 meses. No mesmo período, a inflação nacional (média de todo país), foi de 0,71%, com um acumulado de 4,65% nos últimos 12 meses. Ou seja, a inflação de Sinop está levemente mais baixa que a média nacional.

O recuo no preço dos alimentos pôde ser especialmente percebido na cesta básica – que é formada por 13 alimentos em quantidades suficientes para nutrir um adulto ativo pelo período de 30 dias. Em março, a cesta básica em Sinop ficou 0,17% mais barata, com um preço médio de R$ 746,32. Foi a segunda queda consecutiva no ano. Em janeiro, os mesmos alimentos custavam 769,18.

Batata, café, óleo e manteiga foram os itens da cesta básica que tiveram a maior queda no período. Em razão do período de coleta de dados, de 1 a 10 de abril, o levantamento ainda não sentiu o impacto da queda nos preços da carne, que vem sendo registrada no comércio local.

Mesmo com dois meses consecutivos de recuo, o custo da alimentação basal em Sinop ainda é caro se comparado com a média de algumas capitais. Em Brasília, a cesta básica é R$ 53,00 mais barata. Em Goiânia, 65,40 mais em conta e em Curitiba R$ 66,56. Dos comparativos trazidos pelo departamento de economia da Unemat, a Cesta Básica de Sinop só não é mais cara que a de São Paulo, onde a “ração” humana é R$ 35,91 mais cara.

Evolução

Na primeira medição da Cesta Básica de Sinop realizada pelo departamento de Economia da Unemat, em dezembro de 2014, o valor médio foi de R$ 359,10 – menos da metade dos preços atuais. Como seguia os parâmetros do Dieese, a cesta de Sinop medida pela Unemat ficou levemente mais cara que a “cesta real”. Isso porque, pelo Dieese, a cesta leve banana prata, que é mais cara no Mato Grosso. A cesta padrão leva 10,5kg de banana – fazendo com que a fruta representasse 18% do valor da cesta básica em Sinop. Três meses depois, o departamento ajustou o levantamento a realidade local, substituindo a banana prata pela banana nanica ou caturra – que são as mais consumidas. A época o salário mínimo vigente era de R$ 724,00 – o suficiente para comparar duas cestas e ter uma pequena sobra.

Nos primeiros 4 anos de medição, a cesta básica de Sinop flutuou de preço, com altas e baixas, mas ficando relativamente estável. No final de 2018, o custo médio da cesta básica no município era de R$ 381,24. Ou seja, em 4 anos os alimentos basais ficaram R$ 22,14 mais caros – variação de 6,1%. Em 2018, o salário mínimo era de 954,00 – o suficiente para comprar duas cestas e meia.

O galope ascendente no preço dos alimentos começa em 2019. No final daquele ano, os alimentos já custavam R$ 426,85. Em outubro de 2020, a cesta já custava R$ 529,34 e em outubro de 2021, R$ 628,71. Um ano depois, em outubro de 2022, o valor era de R$ 722,96.

O maior valor da cesta básica já medido pelo departamento de economia da Unemat foi em janeiro desse ano, quando os 13 produtos custavam R$ 769,18. Com um salário mínimo atual de R$ 1.302,00, não é possível comprar duas cestas básicas.