Regime involuntário
Preço da cesta básica em Sinop dobrou em 4 anos
Só neste ano, a cesta básica ficou R$ 90,82 mais cara
Economia | 25 de Julho de 2022 as 18h 02min
Fonte: Jamerson Miléski
Pão, café, banana, açúcar, óleo, manteiga, carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata e tomate. Esses são os 13 itens que compõe a cesta básica, que serve como parâmetro do mínimo de alimentação que um adulto precisa ao longo de um mês. É o equivalente a uma “ração humana”.
Em Sinop, o preço médio dessa “ração” chegou a R$ 727,54 no mês de junho de 2022. O dado está no levantamento realizado pelo departamento de economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop, que desde novembro de 2014 monitoram a variação dos preços da cesta básica no município. Embora o aumento dos alimentos mais basais tenham sido de apenas 0,30% com relação ao mês anterior (maio), a nova média alcançou uma marca: uma cesta básica em Sinop custa 60% do salário mínimo. “Este mês, foram destaques os aumentos nos preços médios do leite (14,4%), do feijão (15,41%) e da farinha (13,5%). Em contrapartida, ocorreu queda em alguns itens da cesta básica. O preço da batata recuou -22,4% e do tomate em -20,7%”, diz o relatório.
Em janeiro de 2022 o preço médio da cesta básica em Sinop era de R$ 636,72, medido pelo mesmo instituto. Nesses 6 meses, os mesmos itens ficaram R$ 90,82 mais caros. O aumento no custo da alimentação básica e a perda no poder de consumo ficam ainda mais agudos quando se amplia o cenário de observação.
Em julho de 2018 – há 4 anos – o preço média da cesta básica em Sinop medido pelo departamento de Economia da Unemat era de R$ 362,90 – menos da metade do valor atual. Na época, o sinopense precisava de R$ 12,00 por dia para se alimentar com o básico. Hoje, são necessários R$ 24,25 para comer exatamente as mesmas coisas. E o poder aquisitivo não acompanhou esse aumento.
Em 2018, o salário mínimo era de R$ 954,00. De lá pra cá a referência salarial subiu apenas 27%, chegando aos R$ 1.212,00 atuais. Para medir a inflação geral de Sinop, o departamento de Economia da Unemat trabalha com uma “cesta de consumo” – avaliando valores de 234 itens, divididos em 9 grupos. Nessa avaliação, a pesquisa considera que o grupo “Alimentação e Bebidas” (muito mais amplo do que os 13 itens da cesta básica), consome 23% da renda mensal do sinopense.
Para essa conta “bater” com a realidade de quem recebe salário mínimo – comendo apenas o que tem na cesta básica – a remuneração mínima deveria ser de R$ 3.163,21 – duas vezes e meia o salário base atual.
4 anos é muito tempo
O fato do preço da cesta básica em Sinop ter dobrado nos últimos 4 anos não é algo “normal”. Em novembro de 2014, quando o departamento de Economia da Unemat começou a monitorar o custo médio da cesta básica no município, a média registrada foi de R$ 359,10. Em outubro de 2018, o custo médio registrado foi de R$ 381,24.
Ou seja, em um intervalo de 4 anos, o custo da cesta básica subiu R$ 22,14 – o que corresponde a 6,16% de alta. Variações ocorreram, com o preço ficando muito acima em determinados meses, mas voltando a uma “normalidade” e estabilizando a longo prazo.
Há 4 anos, uma cesta básica em Sinop custava 38% de um salário mínimo.
Ração humana
A cesta básica medida pelo departamento de Economia da Unemat, seguindo o parâmetro do decreto lei 399/1938, tem os seguintes itens e quantidades:
- 6 kg de carne
- 7,5 litros de leite
- 3 kg de arroz
- 4,5 kg de feijão
-1,5 kg de farinha de trigo
- 600 g de café
- 900 ml de óleo
- 750 g de manteiga
- 3 kg de açúcar
- 6 kg de pão
- 6 kg de batata
- 9 kg de tomate
- 7 dúzias e meia de banana
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