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Embargo

Mesmo com embargo, MT supera a média de exportação de carne em março

Volume de embarques foi 10,4% maior do que a média dos últimos cinco anos para o mês de março

Economia | 19 de Abril de 2023 as 11h 19min
Fonte: Felipe Leonel - Estadão MT

Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

Mesmo com o embargo da China à carne bovina brasileira, que vigorou entre 23 de fevereiro e 23 de março, Mato Grosso conseguiu registrar um volume de embarques 10,4% maior que a média dos últimos cinco anos para o mês de março. É o que aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu boletim semanal da bovinocultura.

O embargo foi provocado por um caso atípico da doença da vaca louca, registrado no município de Marabá, no Pará.

Se as "portas" da China estavam fechadas de um lado, por outro o Brasil já havia aberto o mercado da Indonésia, no início do ano, com um aumento da cota de exportação para 100 mil toneladas nesse ano. Isto é, a Indonésia havia demonstrado interesse em importar apenas 20 mil toneladas da proteína, mas aumentou a cota de importação em 5 vezes.

Além da Indonésia, o Brasil também conseguiu abrir o mercado do México durante o embargo chinês, o que contribuiu para manter o nível de exportações de carne em patamar elevado. O México habilitou 34 plantas frigoríficas para exportar carne, sendo que 5 delas estão localizadas em Mato Grosso.

De acordo com dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), analisados pelos técnicos do Imea, os frigoríficos mato-grossenses enviaram para outros países 41,41 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) em março, o que representa uma queda de apenas 3,5% em relação a fevereiro. Já a receita das exportações em março foi de US$ 150,66 milhões, uma queda de 4,22% em relação ao mês anterior.

Após o fim do embargo, registrado uma semana e meia antes do final de março, a China voltou com força total ao mercado. Apesar de ter ficado 23 dias sem negócios em março, a queda de envios para a China foi de apenas 28,89%, o que reforça que os asiáticos demonstraram confiança no mercado brasileiro e aceleraram as compras assim que houve a liberação.

“Para se ter ideia, o volume de carne produzido para exportação pelo estado em mar.23 esteve 10,44% acima da média observada para o período dos últimos cinco anos. Por fim, esse resultado do estado demonstra a importância em se diversificar os parceiros comerciais”, afirma o boletim do Imea.

 

ABATE DE FÊMEAS EM ALTA

Ainda de acordo com o Imea, os produtores continuam enviando mais fêmeas para o gancho, como parte da estratégia de "virar" o ciclo da pecuária. Em março, foram abatidas 255.275 cabeças, contra 207.772 em fevereiro, um aumento de 22,8%. Já o abate de machos saiu de 197.336 em fevereiro para 217.210 em março, aumento de apenas 10%.

No total, houve um aumento de 16,6% entre fevereiro e março, passando de 405.108 cabeças abatidas para 472.485.

“Esse foi o maior volume observado para o mês de março na série histórica e reforça o cenário de intensificação nos abates esperada para 2023. Para o curto prazo, a maior disponibilidade de animais terminados advindos da terminação a pasto tende a resultar em maior oferta de bovinos na linha de abate, o que pode contribuir com a redução da ociosidade frigorífica”, diz.