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Negócios

Governo Lula teme novas exigências dos EUA por redução no tarifaço

A avaliação interna é de que Washington deve solicitar algum tipo de contrapartida para avançar nas negociações, embora ainda não haja indicação de quais seriam as demandas norte-americanas

Economia | 01 de Dezembro de 2025 as 13h 05min
Fonte: JÉSSICA ALEXANDRINO / DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

Foto: Reprodução

O governo brasileiro trabalha com a possibilidade de que os Estados Unidos apresentem novas exigências para avançar em reduções adicionais do tarifaço aplicado a produtos nacionais. No dia (20), o presidente Donald Trump anunciou a retirada da sobretaxa de 40% sobre itens como carne e café, medida que gerou alívio parcial para o agronegócio brasileiro. Com informações do g1.

Mesmo com a mudança, a indústria permanece entre os setores mais afetados. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 22% das exportações brasileiras aos EUA continuam sujeitas à sobretaxa de 40% — ou de 10% somados aos 40%, conforme o produto. Outros 15% seguem com a tarifa adicional de 10%.

Com base nos US$ 40,4 bilhões exportados para os Estados Unidos em 2024, o governo distribuiu o impacto da seguinte forma: US$ 8,9 bilhões seguem sob a tarifa de 40%, US$ 6,2 bilhões continuam com a tarifa extra de 10%, US$ 14,3 bilhões estão isentos de sobretaxas e US$ 10,9 bilhões permanecem atingidos pelas tarifas da Seção 232.

A avaliação interna é de que Washington deve solicitar algum tipo de contrapartida para avançar nas negociações, embora ainda não haja indicação de quais seriam as demandas norte-americanas. Paralelamente ao tema industrial, o Brasil também busca tratar de punições aplicadas a autoridades nacionais.

Entre os pontos que o governo quer discutir estão a suspensão de vistos de ministros e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essas medidas seguem no pacote de sanções adotadas pelos EUA em momentos anteriores de tensão diplomática.

Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que houve tentativa de inserir a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro no início das conversas, mas o tema não avançou. Em julho, Trump publicou que Bolsonaro deveria ser “deixado em paz” e utilizou a expressão “caça às bruxas”, em referência ao ex-mandatário.