Lista de credores
Em recuperação judicial, Grupo Bimetal deve até para igreja
Relação de empresas e pessoas com dinheiro para receber do Grupo conta com 2 instituições religiosas
Economia | 06 de Novembro de 2015 as 18h 41min
Fonte: Jamerson Miléski

A primeira vara cível da Comarca de Cuiabá divulgou no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (5), a relação de credores das empresas que fazem parte do Grupo Bimetal. O conglomerado empresarial composto pelas empresas Bipar Energia S/A, Bipar Investimentos e Participações, Mavi Engenharia e Construções, e Bimetal Indústria Metalúrgica passa por um processo de recuperação judicial. O pedido encaminhado para a justiça em setembro desse ano foi aceito pela juiz Flávio Miraglia Fernandes.
Uma vez instalada a recuperação judicial o Grupo Bimetal tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação que precisa ser aprovado pelos credores. A lista das empresas e pessoas físicas que tem dinheiro a receber da Bimetal é extensa: são 2.292 credores. Nem as instituições religiosas ficaram fora da lista.
Conforme o processo de recuperação, as empresas do Grupo tiveram um faturamento de R$ 321,7 milhões em 2014 – cerca de R$ 120 milhões a menos do que o previsto. Este é o valor aproximado da dívida que a Bimetal tem com os 2.292 credores. Mas a parte das igrejas não chega nem perto dos 10%.
Na lista de credores estão a Mitra Diocesana de Sinop, instituição religiosa que “gerencia” as igrejas católicas de Sinop e região. Para a Mitra, a Bimetal deve R$ 67,2 mil.
Outra instituição religiosa presente na relação de credores é a “União Centro Oeste Brasileira da Igreja”, instituição que faz parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Para essa agremiação religiosa a Bimetal deve R$ 54 mil.
Todos os credores, incluindo as igrejas, tem 60 dias para questionar os valores devidos e o plano de recuperação. Caso não haja contestação, a justiça homologa o plano de recuperação que precisa ser seguido. A partir disso, para quem tem numerários para receber do Grupo Bimetal resta “rezar” para que a recuperação se concretize e as dívidas sejam saldadas.
Corrosão interna
No pedido de recuperação judicial, o Grupo Bimetal elenca como uma das causas do procedimento a perda de crédito bancário das empresas em função da exposição política do fundador do grupo, o atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, especialmente depois da sua inclusão na investigação denominada Ararath. “Fato preponderante que contribuiu para o agravamento da situação do grupo ocorreu em 2014, depois que Mauro Mendes foi considerado pelas instituições bancárias uma PPE (pessoa politicamente exposta), gerando uma restrição de crédito corporativo e impedindo o aumento do capital de giro das empresas. Devido a este fato e outros de exposição pública de seu principal acionista, o grupo teve parte dos seus limites de créditos bancários reduzidos ou cortados, em um momento em que deveriam ser ampliados para fazer frente a elevação do nível de atividade e faturamento” – trecho do pedido de recuperação.
A empresa cita a demora na aprovação de um pedido de ajuste de valor do contrato mantido pela Mavi com a Matrinchã Transmissora de Energia S.A., para a construção de uma linha de transmissão no Estado de Mato Grosso. A Mavi está ingressando na Justiça Arbitral cobrando uma diferença de execução do contrato no valor de R$ 112 milhões. A Matrinchã demorou cerca de um ano para apreciar o pedido de aditivo, aprovado em dezembro de 2014.
A Mavi também teve problemas com um contrato com a empresa Linha Verde Transmissora de Energia S.A. (LVTE) na execução de uma linha de transmissão entre os estados de Mato Grosso e Rondônia.
Considerada a empresa - mãe do grupo e a que tem a melhor saúde financeira, a Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda acabou incluída no processo de recuperação judicial por ser a “garantidora” de vários créditos e financiamentos das demais empresas.
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