Custo de sobrevida
Cesta básica em Sinop custa R$ 411
Relação mínima de alimentos que um adulto precisa equivale a 52% do salário mínimo
Economia | 17 de Março de 2015 as 17h 03min
Fonte: Jamerson Miléski

“Ração essencial Mínima”, esse é o termo utilizado pelo decreto lei 399, de 1932, para os 13 itens alimentícios que compõem a cesta básica. Segundo a nossa legislação, a cesta básica reúne o “básico” da alimentação necessária para um homem, adulto, em condições de trabalho.
Em Sinop, esse mínimo do mínimo custa R$ 411,04. Foi o que apontou o departamento de Economia da Unemat em parceria com a CDL Sinop, entidades que vem monitorando o preço da cesta básica local desde novembro de 2014. Conforme a pesquisa, os itens e suas respectivas quantidades que compõem a cesta básica subiram, no mês de fevereiro, 6,33% em comparação com janeiro. De novembro pra cá a alta acumulada é de 14,5%.
Os itens da cesta básica somam 59,8 kg de comida, que divididos no mês resultariam em pouco menos de 2kg de alimento por dia. Calculada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 18 capitais brasileiras, a cesta serve como referencial para o cálculo do salário mínimo. A doutrina é de que uma família, composta por dois adultos e duas crianças consumam 3 cestas básicas no mês. Como o gasto refere-se apenas a uma das necessidades mínimas do ser humano (a lista ainda traz saúde, habitação, vestuário...), o valor não poderia ultrapassar 36% da renda familiar.
Isso significa que a referida família de dois adultos e duas crianças, em Sinop, para ter o “mínimo” de dignidade, precisaria ganhar por mês um salário líquido de R$ 3.453 – o que equivale a 4,3 salários mínimos. “Os números refletem o que já sabemos da economia local, que por um lado tem uma renda média familiar maior, porém com um custo de vida mais alto que a média nacional”, explica o economista Udilmar Zabot.
Comparando
O departamento de economia da Unemat também apresentou os valores das cestas básicas de outras capitais, medidos pelo Dieese. Em São Paulo, a cesta custou no mês de fevereiro R$ 378,86. Em Brasília esse valor foi de R$ 355,70. Campo Grande, R$ 326,43. Ou seja, o básico da alimentação é muito mais cara que nas demais capitais nacionais.
Culpa dos Bianchi
Segundo o economista da Unemat, o que deslanchou a alta da cesta básica em fevereiro foi o preço da banana. Pode parecer irônico, mas o item é um dos que mais pesa na composição da cesta – são 10,5 kg de banana por mês. “Os itens e quantidades da cesta básica são definidos pelo Dieese. Não podemos mudar essa composição sem comprometer a credibilidade da pesquisa e o padrão de referência nacional, para comparação”, explica Zabot.
Por isso, com a banana prata na casa dos R$ 4,30 o quilo, apenas esse item corresponde a mais de 10% do valor total da cesta. Pesa na renda familiar, principalmente da família Bianchi, principal fornecedor da fruta para Sinop e região.
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