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Levantamento

Bolsa Família deixa de pagar 2 milhões de beneficiários neste ano por aumento de renda

Segundo Ministério do Desenvolvimento Social, as famílias elevaram seus ganhos e deixaram o programa, que chegou ao menor número desde 2022

Economia | 30 de Outubro de 2025 as 08h 12min
Fonte: Noticias R7

Foto: Divulgação

O Bolsa Família deixou de pagar 2 milhões de beneficiários de janeiro a outubro deste ano. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o motivo é o aumento de renda das famílias.

O número de contemplados era de 20,5 milhões, em janeiro, deste ano. Em outubro, passou para 18,9 milhões, o menor patamar desde 2022.

Além disso, o programa investia R$ 13,8 bilhões em janeiro, e agora esse valor caiu para R$ 12,88 bilhões em outubro.

“Com o aumento da renda pela conquista de um emprego formal, pela abertura de um pequeno negócio ou pela melhora nas condições financeiras do domicílio, 2 milhões de famílias deixaram de receber o Bolsa Família entre janeiro e outubro de 2025″, afirma o Ministério do Desenvolvimento Social, em nota.

Segundo dados da Senarc (Secretaria Nacional de Renda de Cidadania), do ministério, a maioria das famílias deixou o programa em razão do aumento de renda.

Os motivos

Das 2.069.776 famílias que deixaram de depender do programa:

  • 1.318.214 - aumento dos ganhos totais no domicílio
  • 24.763 - desligamento voluntário
  • 726.799 - concluíram o período na Regra de Proteção.

Medida

As famílias que ultrapassarem o limite de renda para entrada no Bolsa Família – de R$ 218 por pessoa –, poderão seguir na Regra de Proteção por até 12 meses, recebendo 50% do valor do benefício a que a família faz jus, desde que não ultrapassem o limite de renda de R$ 706 por pessoa da família.

Em outubro, 1,89 milhão de famílias estão na Regra de Proteção.

“O ministro Wellington Dias destacou que o programa tem cumprido seu papel de melhorar a vida das pessoas mais pobres de maneira segura e sustentável”, acrescenta a nota do ministério.

De acordo com informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criadas no Brasil em 2024, 98,8% foram ocupadas por pessoas cadastradas no CadÚnico do governo federal.

Entre os contratados, 1,27 milhão (75,5%) eram beneficiários do Bolsa Família.

Quem tem direito

Para receber, o beneficiário deve estar com os dados atualizados no CadÚnico (Cadastro Único). Têm direito ao benefício as famílias cuja renda per capita (por pessoa) é de R$ 218 por mês.

Além da parcela mínima de R$ 600, aquelas famílias com dependentes com menos de 7 anos ganham um adicional de R$ 150 por criança.

Outro extra de R$ 50 por mês é pago às famílias com gestantes, com crianças a partir de 7 anos, com bebês em amamentação e com adolescentes com idade entre 12 e 18 anos.

Os recursos são repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, e o pagamento é feito pela Caixa.

Os valores do Bolsa Família

• R$ 600 — valor mínimo pago por família;

• R$ 150 — adicional pago por criança de até 6 anos;

• R$ 50 — adicional para gestantes e lactantes;

• R$ 50 — adicional por criança ou adolescente (de 7 a 18 anos);

• R$ 50 — adicional por bebê de até 6 meses.

Regra de proteção

A regra se aplica às famílias que tiveram aumento na renda per capita entre R$ 218 e meio salário-mínimo.

A medida permite a permanência dessas famílias no programa por até um ano (antes eram dois anos), recebendo 50% do valor do benefício a que teriam direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.

Cerca de um milhão de domicílios deixaram de receber o benefício em julho, por aumento da renda.