Finanças
Afinal, quem ganha e quem perde com a fusão entre Banco Master e BRB
A anunciada fusão entre o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB) marca um novo capítulo no sistema financeiro nacional
	  
	  Economia | 31 de Março de 2025  as 09h 40min
     Fonte: Redação Jornal de Brasília

A anunciada fusão entre o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB) marca um novo capítulo no sistema financeiro nacional. Da operação nasce um novo player que, com status de instituição S1 — classificação que reúne os bancos de maior porte e relevância sistêmica no país — passa a sentar à mesa dos grandes.
Naturalmente, o movimento provoca desconforto em setores já consolidados do mercado, especialmente entre aqueles acostumados a influenciar os bastidores do sistema financeiro brasileiro.
Não é segredo que um banqueiro notório, cujo currículo inclui passagem pelo sistema penitenciário e episódios controversos envolvendo decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), tem expressado resistência à operação. Coincidência ou não, trata-se do mesmo personagem que, segundo reportagens recentes, teria tentado adquirir o próprio Banco Master em tempos passados. Há, portanto, no mínimo, um elemento de incômodo — talvez até ciúme — diante de um acordo que avançou sem sua bênção.
É preciso destacar que o Banco Master, ao captar supostos R$ 50 bilhões em CDBs no mercado, operou dentro dos limites legais e regulatórios. Se houve falhas, elas não estão na conduta da instituição, mas na atuação dos órgãos reguladores, que não impuseram limites mais claros ou rígidos. Da mesma forma, os investimentos do banco em ativos de risco — estratégia ousada, mas legal — também foram conduzidos dentro do marco regulatório vigente. Riscos assumidos, riscos colhidos.
Cabe lembrar que as plataformas de investimento — inclusive uma controlada pelo banqueiro que hoje critica a operação — lucraram com a distribuição de CDBs do Banco Master. Aceitaram, de bom grado, as comissões elevadas oferecidas e promoveram os produtos junto ao varejo. Se há um ambiente de cumplicidade, ele se estende por todo o mercado. Mas cumplicidade com uma prática ilegal? Longe disso. Trata-se, no máximo, de uma cumplicidade com a lógica do lucro e da competição.
A fusão, em essência, tem méritos objetivos: contribui para a redução do risco sistêmico ao evitar o colapso de uma instituição de médio porte e fortalece o BRB, que ganha musculatura, eficiência e rentabilidade para disputar espaço com os grandes bancos nacionais. Em um mercado historicamente oligopolizado, a entrada de um novo competidor relevante deveria ser celebrada — não combatida.
Curiosamente, o mesmo banqueiro que hoje questiona a operação, segundo reportagens, teria tentado adquirir o Banco Master. O que explicaria, portanto, a tentativa de interferência num negócio do qual ele não participa? Memória seletiva talvez. Afinal, quando comprou o Banco Panamericano — herança de Silvio Santos — contou com uma linha bilionária de crédito oferecida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), em condições generosamente facilitadas. Uma transação que o mercado engoliu, à época, sem grandes protestos.
Fica o alerta: o sistema financeiro brasileiro não pode ser refém de disputas de ego, nem de narrativas enviesadas. A solidez da economia depende de competição, regulação justa e, acima de tudo, coerência.
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