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Qual seria a cor do mês da saúde da Covid-19?

22 de Fevereiro de 2021 as 14h 11min

E de repente uma luz que vai aos poucos clareando as avenidas escuras dos últimos dias. Por onde ela passava, além de luz, trazia esperança de um dourado. Um novo amanhã. Um recomeço…

 

Há dias que muitas casas e muitas famílias vivem o preto da escuridão, do medo e das incertezas. Quantos que deixaram de viver com a plena tranquilidade de uma vida comum para compartilhar o medo do invisível. A sensação de estar inseguro em qualquer lugar onde estiver. De não experienciar uma caminhada de parque, uma reflexão em uma mesa de boteco saboreando um drink ou mesmo, trabalhar despreocupado sem o temor de ter se contagiado ou ter trazido para casa a pandêmica doença. Afinal, o SARS- CoV 2 parece ter múltiplas caras e distintas manifestações bem como vários graus de agressividade. Qual seria a sua cor se tivesse algum mês para ser usado como reflexão mundial?

Quanto a Ciência pôde evoluir desde as primeiras manifestações do então conhecido vírus de Wuhan na China. Desde seu aparecimento, os cientistas trabalharam arduamente e diuturnamente em busca de desvendar os mistérios do vírus autor de uma das grandes pandemias da história. Competindo com a Peste Negra (1347-1353), Gripe Espanhola (1918-1920) e Varíola (430 a.C. - primeiro surto), a moderna doença desafia as modernas tecnologias e, a cada dia mostra uma “carta na manga” com novas variantes onde não se sabe o quão letal é. O fato é que mesmo com a descoberta e fabricação de vacinas em larga escala o vírus ainda demonstra artifícios de sobrevivência.

Apesar de mapeado e entendido conforme seu material genético, as pessoas ainda o temem, pois não se sabe ao certo quem ele escolhe para dizimar. Algumas famílias ficaram devastadas com sua passagem. Outras, apenas o sentiram com leves sintomas. Não é possível saber quem ele vai descarregar suas armas letais. Os que são escolhidos ou são assolados ou têm suas vidas modificadas com suas sequelas. Uma cronificação acontece atualmente sem saber ao certo o desfecho final.

Uma doença de grande relevância no mundo pode ser refletida em um mês com uma cor atribuída. Quanto às cores dos meses usados, o calendário colorido da saúde surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre o perigo de algumas doenças e incentivar a prevenção e o tratamento dessas enfermidades. Iniciou com o Outubro Rosa com a conscientização e combate ao Câncer de Mama e, em seguida, o Novembro Azul apareceu para as reflexões sobre o Câncer de Próstata. Ambos de maior movimento anualmente. Não existe, porém, um calendário oficial estabelecido sobre a cor de cada mês, mas cada mês tem a sua reflexão e até mesmo mais de uma cor.

Se a conscientização para a Covid 19 acontecesse em um mês, quem sabe a sugestão fosse preto ou até mesmo branco. O preto poderia marcar a conscientização da letalidade e adoecimento sobre a doença e, o branco, pediria paz em um cenário que parou o país e paralisou seus povos. O mês, talvez seria dezembro, lembrando o anúncio ao mundo do seu nascimento, no ano de 2019.

É bem provável que esse Dezembro Branco ou Preto não aconteça em vias estarmos próximos da imunização em massa e a possível banalização da doença, rebaixando-a a uma leve gripe ou gripezinha. Que isso possa acontecer em breve.

E a cor dourada para a Covid 19? Seria considerada descartada pois, o dourado geralmente indica vida, prosperidade, riqueza e poder. Não é à toa que as grandes autoridades e os vencedores, acessam à cor dourada para demonstrarem seu poder. Para o novo Coronavírus que, já está se tornando velho na cabeça do povo, que ele possa ser lembrado apenas no “preto e branco” que indica passado, assim como as fotos que demonstram o que ficou escrito na história.

 

*Julio César Marques de Aquino (Júlio Casé) é médico de Família e Comunidade pela SMS- Sinop/MT. Professor de medicina de pela UFMT campus Sinop. Autor do livro “Receitas para a vida” pela editora Oiticica.  Medico residente de Psiquiatria HMCL - SMS - São Paulo. Contato: email: juliocasemed@gmail.com

 

*Júlio César Marques de Aquino ( Júlio Casé) - médico e escritor.

Júlio Casé

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*Julio César Marques de Aquino (Júlio Casé) é médico psiquiatra pelo Hospital Municipal do Campo Limpo - SMS - São Paulo- SP. Médico de Família e Comunidade pela SMS- Sinop - MT. Professor de medicina pela UFMT campus Sinop - MT. Autor do livro “Receitas para a vida” pela editora Oiticica.  Titular da cadeira número 35 da Academia Sinopense de Ciências e Letras cujo o patrono é o médico e escritor Moacyr Scliar. Contato: email: juliocasemed@gmail.com.