Promessas de campanha

Prometer:

Verbo transitivo e intransitivo.

1. Afirmar previamente que se vai cumprir, dar ou realizar algo.

2. Dizer ou escrever um compromisso em relação a algo. = comprometer-se

3. Dar probabilidades ou esperanças.

No momento que estou escrevendo este artigo, milhares de prefeitos e vereadores por todo Brasil já estão empossados em seus mandatos com aproximadamente 60 dias de atividades, se fosse na iniciativa privada, estariam na segunda fase do contrato de experiência.

Claro que pela legislação estes eleitos terão ainda mais 3 anos e 10 meses de trabalho pela frente, se agirem dentro da legalidade.

Não precisam ser excepcionais para manterem seus empregos pelo prazo dos 4 anos, apenas precisam agir legalmente.

Talvez este cenário inicial de aparente tranquilidade ocasione um relaxamento em alguns políticos.

É aí que começa uma má gestão, que em geral vai culminar em não reeleição ou não eleição do sucessor desejado, bem como dificuldades em ocupar um outro cargo eletivo no futuro.

Essa tranquilidade faz as promessas de campanha, que são feitas pensando em 4 anos de muito trabalho, ficarem engavetadas, e o mandato segue apenas no ritmo trivial do gabinete, e das solicitações urgentes que ali surgem.

Lembre-se, quem foi eleito, está ali pelo que prometeu realizar e o eleitor confiou que sua palavra seria cumprida lhe dando o voto.

E como escrevi a pouco, essas promessas costumam precisar de muito trabalho para serem cumpridas, algumas são impossíveis de realizar, mas isto é tema para outra conversa.

A questão aqui é saber se nesses 60 dias o eleito pelo menos já ordenou as promessas feitas, já sabe quando serão feitas durante o seu mandato e quem o fará.

Parece simples, mas não é bem assim, as demandas existentes para a manutenção da máquina pública já são intensas, existem compromissos que vem do passado para serem cumpridos no presente e futuro, e existem trabalhos recorrentes já estabelecidos que pode ter certeza, ocupam muito tempo e trabalho, fora problemas novos que vão surgir.

Agora, se o mandatário deixar para o último momento a ordenação destas atividades, só vai deixar os projetos encaminhados para o próximo ocupante do cargo executar.

E acontecendo desta forma, pode ter certeza, o eleitor não esqueceu o motivo de ter lhe eleito, qual promessa das várias feitas ele aceitou trocar pelo seu voto, e se essa promessa não for cumprida, não tem novo voto pois ele não mais acredita em você para lhe representar por outro mandato.

Então se você que está lendo é um dos eleitos e não tem uma lista das promessas feitas, já organize e comece a realizar o que foi prometido, pelo menos no futuro não virá um carimbo de promessa não cumprida sobre a sua foto.

Lembre-se, o eleitor vê no político uma fonte de esperança, se a sua fonte secar, ele vai buscar em outra.

Pense nisso.

* Daniel Ludwig, na área pública ajudo legisladores e gestores a realizarem trabalhos relevantes para a população, no âmbito eleitoral, minha missão é que candidatos a cargos eletivos sejam eleitos através do meu trabalho de marketing político e eleitoral, e na iniciativa privada facilito a venda de produtos e serviços através da gestão de marca (branding) e  do planejamento de comunicação. Formado em Administração com ênfase em Marketing, com dezenas de cursos de aperfeiçoamento na área política e também para iniciativa privada, acredito que o conhecimento deve ser adquirido a todo momento e também aprimorado em campo, onde já atuei nas mais diversas áreas dentro de agência de publicidade, passando por direção de arte, redação, planejamento e atendimento, somado ao conhecimento de produções em vídeo, passando por produção, direção de arte, direção de fotografia além de montagem e também direção. Apresentando resultados positivos em campanhas políticas e atendendo a iniciativa privada desde 1996.