Galvan está livre para 2024

Hoje, 28 de julho Dia do Agricultor, é um bom momento para lembrar daquele que talvez seja um dos maiores ícones do setor que Sinop já produziu. Foi em meio a brutal crise das commodities agrícolas no ano de 2005 que Antônio Galvan emergiu como liderança sindical patronal. Naquele mesmo ano, puxou a frente do “Tratoraço”, amontando maquinários agrícolas no centro de Sinop, que semanas depois rumaram para Brasília, em protesto. O Sindicato Rural antecipou sua eleição para que Galvan fosse colocado no cargo que informalmente já vinha ocupando.

Ele foi presidente de 2005 até 2011, depois passou um mandato como “vice-de-luxo” e retornou a condução do sindicato em 2014. Só saiu em 2018 para então ocupar a presidência da Aprosoja em Mato Grosso. Dalí, em 2021, foi para a presidência da Aprosoja Brasil.

O mandato de Galvan na Aprosoja Brasil termina em 2024 e pelo estatuto atual não há reeleição. O que significa que terá tempo livre para se dedicar a outras funções. Em razão da sua liderança e de já ter colocado seu pé na política, é natural que Galvan seja cotado como um possível candidato a prefeito de Sinop.

Conversei hoje com Galvan sobre o assunto. Ele disse que não há um projeto claro, mas está buscando conversar com as lideranças políticas. Com seu jeito espontâneo, declarou que não “fugiria” se fosse o nome apontado para disputar a prefeitura local.

Galvan continua filiado ao PTB e está com 65 anos de idade. Na eleição de 2022, ele disputou uma vaga para o Senado Federal, ficando em segundo lugar com 337.003 votos – cerca de 26% dos votos válidos. Foi derrotado por Wellington Fagundes (PL), que fez 63,5% dos votos válidos. Em 2020, Fagundes foi determinante na eleição municipal, articulando a desistência da candidatura a reeleição da então prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), que renderia apoio ao projeto de Roberto Dorner (PRB) – que já declarou que pretende disputar a reeleição em 2024.