Artigo
Edificar a concórdia no mundo
25 de Março de 2022 as 17h 25min
Na revista Globalização do Amor Fraterno (em português, inglês, francês, esperanto, alemão, espanhol e italiano) - entregue pela Legião da Boa Vontade a chefes de Estado e às delegações presentes ao High-Level Segment 2007, na sede da ONU em Genebra, na Suíça , apresento, de meu livro Reflexões da Alma (2003), notável trecho extraído do preâmbulo da Constituição da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), aprovada em 16 de novembro de 1945, por considerar que outro caminho para a humanidade será o da destruição: “Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construídos os baluartes da Paz”.
É essencial destacar as propostas e ações de real entendimento. Diferente rota para os povos será a do remédio amargo. Por isso mesmo, não percamos a Esperança. Perseveremos trabalhando “por um Brasil melhor e por uma humanidade mais feliz”. E não se trata de argumento simplório, mas, sim, da direção efetiva da vitória.
Ecumenismo - poderoso instrumento de pacificação dos povos
A Paz entre as nações, conforme registrei em Jesus e a Cidadania do Espírito (2001), é ainda sinônimo de astúcia e suspeição. Só haverá a pacificação do ser humano quando a Solidariedade e a Fraternidade — o último e esquecido baluarte da Revolução Francesa — habitarem os corações.
Urgente se faz que ele, até mesmo por questão iminente de sobrevivência, não apenas pregue a Paz, mas se transmude nela própria. Ao vivenciar esse estado natural de Cidadão do Espírito, poderemos dizer com Jesus: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais Paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Tende, porém, bom ânimo, pois Eu venci o mundo” (Evangelho, segundo João, 16:33).
Daí ser o Ecumenismo verdadeiramente poderoso instrumento de Paz num planeta em que qualquer diletante promove a guerra.
Ensinou Jesus: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Evangelho, segundo Mateus, 5:9).
Abro parênteses para transcrever uma observação esclarecedora que integra meu artigo “O dinamismo da Paz”, o qual dediquei, em agosto de 2000, aos participantes da Conferência da Cúpula da Paz Mundial para o Milênio, realizada na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, EUA:
Sempre que você ler em meus escritos ou ouvir em meus improvisos a palavra “Ecumenismo”, por favor, considere o aspecto original do termo. De acordo com sua etimologia, “ecumênico” (do grego oikoumenikós) significa “toda a Terra habitada” e “de escopo ou aplicabilidade mundial; universal”. Utilizamos esse vocábulo sobejamente porque não haverá verdadeira Paz entre as nações enquanto ela não for estendida a todos os habitantes da Terra, a despeito de religião, visão particular ideológica, de ciência, política, filosofia, arte, esporte e assim por diante. Agora mais do que nunca, nestes tempos globais, a paz restrita é permanente convocação para novos conflitos.
*José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br - www.boavontade.com.
José de Paiva Netto
Artigo
*José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br - www.boavontade.com.