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Com 3 salários atrasados, médicos param e suspendem cirurgias em MT

Cerca de 20 cirurgias marcadas para esta segunda foram suspensas

Saúde | 20 de Março de 2017 as 15h 43min
Fonte: G1 MT

Médicos estão sem receber salários de dezembro, janeiro e fevereiro | (Foto: José Bonfim/ Rádio Centro América FM)

Médicos do Hospital Regional de Cáceres, a 665 km de Sinop, paralisaram as atividades nesta segunda-feira (20) para cobrar o recebimento de três salários atrasados, referentes aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Cerca de 20 cirurgias que estavam marcadas para esta segunda foram suspensas, segundo o médico oncologista Eduardo Marques.

"Só atendo pelo SUS, não tenho outro emprego, e então essa é minha única fonte de renda. Só estamos pedindo o que é justo", reclama o especialista. Ao todo, a unidade tem quase 90 médicos.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que as pendências financeiras com os hospitais regionais estão sendo resolvidas gradativamente e que ainda não foi notificada sobre a paralisação dos médicos em Cáceres. Afirmou que até o final deste dia dará um novo posicionamento acerca dessa situação.

De acordo com o médico oncologista, só estão sendo atendidos os casos de urgência e emergência, os pós-operatórios e os pacientes que fazem quimioterapia. 

Na unidade, são realizadas cirurgias geral, oncológica, pediátrica, ortopédica, urológica, além de neurocirurgia. Todos os médicos que fazem esses tipos de procedimentos pararam. "A maioria dos médicos trabalha em escala de plantão e estão operando só emergências", afirmou Marques

A unidade faz em torno de 200 quimioterapias por mês, mas, de acordo com médico, o estado só paga 120. O restante é custeado pela Associação e Congregração de Santa Catarina. "Como vamos criticar a OS, sendo que a demonstração que temos aqui é de que eles assumem o que não é nem de responsabilidade deles?", avaliou.

Em fevereiro, a Secretaria de Saúde informou que sete hospitais regionais (de Cáceres, Sinop, Sorriso, Colíder, Alta Floresta, Várzea Grande e Rondonópolis) estavam com os repasses atrasados e que a dívida com as unidades era de R$ 73,8 milhões.