Votações suspensas
Senador diz que o Brasil está parando e isso é um absurdo
Wellington Fagundes classifica inércia do Congresso como terrorismo na administração pública
Política | 03 de Maio de 2016 as 10h 08min
Fonte: Redação com assessoria
O Senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PR), durante pronunciamento nesta segunda-feira (2), na Comissão Especial do Senado que analisa o pedido de impeachment, declarou que o Brasil está parando por conta da inércia do Congresso Nacional em adiar outras votações importantes: “Isso é um absurdo”, disse o senador.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, esteve na Comissão do Impeachment e confirmou que o Governo possui verbas para cumprir vários compromissos, mas que não estaria sendo possível utilizá-las pela inércia do Congresso. Entre os recursos ‘travados’ está a liberação do Auxílio de Fomento às Exportações (FEX), considerado fundamental Mato Grosso e, principalmente, para os municípios.
Entre os Estados exportadores, Mato Grosso é o que recebe o maior recurso do FEX, cerca de R$ 420 milhões ao ano. Até o momento, porém, segundo o senador republicano, o Parlamento não instalou a Comissão Mista do Orçamento, responsável em analisar o projeto que estabelece as novas metas fiscais. “Isso, a meu ver, é um absurdo. Nós estamos parando o País” – disse, em tom de alerta.
Ele ressaltou que, além desse, existem vários projetos que se encontram parados na Câmara e no Senado – como o que dispõe sobre as novas metas fiscais do Governo. Ele lamentou a postura do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de não querer votar nada enquanto não for apreciado o processo de impedimento da presidente Dilma. “Nós não podemos parar o País por conta de um aspecto... Nós, que estamos aqui, temos uma Comissão Especial para fazer funcionar, e o Congresso tem que dar respostas à população”, insistiu.
“As pessoas que estão lá, desempregadas, tem pressa. Eu sempre tenho dito: quem está em uma fila de espera, com o pai e a mãe em um posto de saúde, tem pressa e quer satisfação, quer uma resposta de todos nós aqui”, salientou.
Wellington Fagundes também criticou o comportamento institucional do Tribunal de Contas da União, por este não emitir alertas sobre eventuais ilegalidades. Em audiência na Comissão Especial, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira afirmou não ser função do TCU atuar “como uma babá” à presidente da República. “Claro que não é! Mas, se o Tribunal de Contas tem conhecimento, penso que é obrigação, sim, chamar a atenção. Porque nós não podemos criar essa política só do punitivo”, frisou.
Segundo o republicano, o que se vê atualmente, no Brasil afora, são prefeitos e vereadores penalizados com multas e mais multas, que inviabilizam inclusive seus mandatos. “Nesse aspecto, penso que o Tribunal de Contas tem que ser, sim, o parceiro da legalidade. O Tribunal de Contas tem que ser, sim, um órgão que possa nos auxiliar, inclusive aqui. Para que talvez o Congresso exerça mais esse papel e não seja omisso, a exemplo do que foi feito no primeiro decreto da presidente”, apontou.
O parlamentar destacou que os gestores dos municípios acusam haver uma situação de “terrorismo”, principalmente para aqueles que ordenam as despesas. “Espero que, ao final de tudo, todos possam aprender a verdadeiramente fazer com que se respeite a Lei no Brasil”.
BANALIZAÇÃO POLÍTICA
Outro aspecto levantado por Wellington durante a sessão da Comissão do Impeachment diz respeito à “banalização política” que se estabeleceu no país. Ele observou que já está acontecendo nos municípios o afastamento de prefeitos, pelas Câmaras de Vereadores, por qualquer situação. “Nós não podemos banalizar, também, o voto popular; banalizar um cargo que foi conquistado. Principalmente na democracia e no presidencialismo, sem dúvida nenhuma”, alertou.
O líder do PR no Senado ainda enfatizou que o Orçamento tem sido ‘peça fictícia’ no país há anos. “Se agora [o impeachment] vai ser um divisor de águas, espero que, realmente, o Brasil aprenda com isso. E passe-se a cobrar de todos. Inclusive do Congresso Nacional”, ponderou, ao destacar que o Parlamento tem sido omisso, citando como exemplo as reformas que deixaram de ser empreendidas, ainda que prometidas na ultima eleição por todos os candidatos.
Wellington, no mesmo contexto, voltou a criticar a presidente Dilma Rousseff. “Quando ela ganhou as eleições, não precisava esperar assumir o mandato para iniciar as reformas. Poderia ter convocado a todos para fazer a Reforma Política, a Reforma Tributária, a Reforma Trabalhista. Por isso que a classe política hoje está num desgaste muito grande junto à população. Também por isso, todas as instituições brasileiras hoje passam por um descrédito muito grande”, concluiu.
Notícias dos Poderes
Pesquisa aponta favoritismo do atual prefeito para reeleição
Toninho Tijolinho obteve a maior intenção de votos em todos os cenários simulados
26 de Março de 2024 as 17h29Bancada do PL conversou antes de Valdemar anunciar filiação de Dorner
Reunião foi antes da gravação do vídeo que anunciou o ingresso do prefeito no PL
22 de Março de 2024 as 16h59Vereadores de Sorriso aumentam o próprio salário e dobram rendimentos
Além do salário, que passará para R$ 16.503,19, a partir da próxima legislatura, os vereadores também receberão verba indenizatória no valor de R$ 6 mil
22 de Março de 2024 as 07h14Dorner fecha com PL e derruba 3 concorrentes em uma canetada
Prefeito de Sinop migra para partido que se preparava para se opor a sua candidatura
20 de Março de 2024 as 13h46Governador Mauro Mendes Descarta Apoiar Dilmar Dal Bosco na Disputa pela Prefeitura de Sinop
19 de Março de 2024 as 18h47Ex-deputado estadual Romoaldo Júnior morre após sofrer AVC hemorrágico
Ele chegou a passar por cirurgia
17 de Março de 2024 as 18h29Dorner aciona justiça para tirar do ar ‘notícias falsas’
Dois sites de notícia e o Facebook devem apagar publicações que relacionou prefeito com máfia da saúde
12 de Março de 2024 as 09h07Cinco deputados de MT assinam pedido do impeachment de Lula
Os representativos legislativos na Câmara Federal; José Medeiros, Amália Barros, Abilio Brunini, Coronel Fernanda e Coronel Assis manifestaram nas suas redes sociais a assinatura do pedido realizado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)
20 de Fevereiro de 2024 as 16h16