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Eleições 2020

Rosana desiste da reeleição para terminar mandato em paz

Partido da prefeita vai apoiar a candidatura de Roberto Dorner

Política | 17 de Setembro de 2020 as 22h 02min
Fonte: Jamerson Mileski

Antigos oponentes políticos agora serão aliados de Rosana Martinelli (PL) e seu grupo. Um dia após uma empolgada convenção, a prefeita de Sinop oficializou, no final da tarde desta quinta-feira (17), que não disputará a eleição. A desistência veio acompanhada da informação que seu partido, o PL, irá apoiar a candidatura de Roberto Dorner (PRB), a prefeito – que tem Dalton Martini (Patriota) como vice. Ambos foram adversários de Rosana na última eleição e se mantiveram na oposição ao longo desses 4 anos. O PSDB, partido que também fez oposição à prefeita na Câmara, também está nessa composição.

Presente na coletiva, o senador Wellington Fagundes (PL), fez um contrapeso, dizendo que os candidatos a vereador pelo partido tem liberdade de decidir quem apoiarão para majoritária. Rosana, no entanto, frisou que o apoio do PL de Sinop será à candidatura de Dorner, tomada em conjunto com os demais partidos da “base aliada”: PMB, Cidadania e PSDB.

Ao justificar sua desistência, Rosana invocou a responsabilidade de prefeita eleita. Ela citou as obras e projetos em andamento, as situações adversas geradas pela pandemia, e disse que precisa permanecer no cargo, com plena dedicação, para manter a cidade em ordem.

Após a coletiva, em entrevista ao GC Notícias, Rosana complementou, acrescentando um fator pessoal na sua decisão. Segundo ela, tudo levava a crer que essa seria uma campanha dura, de muitos desafetos e que, na sua compreensão, o melhor para Sinop e também para sua família, era se retirar.

Sobre o fato de estar endossando a candidatura de opositores convictos – ao invés de Juarez Costa (MDB), de quem já foi vice, ou mesmo Jorge Yanai (Podemos), que já foi aliado – Rosana disse que respeita todos os candidatos e que a decisão não foi pessoal sua, mas do partido e demais siglas aliadas. “Eu não guardo mágoas. Na posição de prefeita não podemos nos deixar levar por valores pessoais. É preciso escolher o melhor para Sinop”, comentou.

 

Como ficam os vereadores do PL?

Na coletiva, os líderes da sigla deram liberdade para que os candidatos a vereador pelo PL escolham seu destino – decidindo quem irão apoiar. Indagamos o senador se os candidatos estão “livres” ou “desamparados”. Fagundes respondeu que os compromissos pré-estabelecidos pela executiva municipal serão honrados e que um suporte será dado – embora tenha feito um alerta sobre os recursos do Fundo Eleitoral. “Não é dinheiro suficiente para financiar todas as campanhas de vereador”, comentou.

O vice-prefeito, Gilson de Oliveira (PL), que agora virá como candidato a vereador, é um dos nomes mais proeminentes para a disputa. Na sua primeira eleição, em 2004, ele foi o vereador mais votado da história, com 4.612 votos. Ele declarou que ainda não decidiu quem irá apoiar e que essa posição será tomada em conjunto com um bloco de outros 7 candidatos. “Vamos nos reunir e conversar sobre o assunto”, comentou.

 

A campanha ao Senado

Um dos argumentos para tentar justificar a aliança, pinçado por Fagundes, foi a consolidação da candidatura do ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão (PSDB), ao Senado. O PL apoio o tucano à nível estadual – assim como o DEM, que está coligado no projeto de Juarez Costa. Para Fagundes, a aliança do PL com a candidatura de Dorner era uma forma de reforçar o projeto de Leitão ao Senado.

No entanto, durante a convenção do PRB, Dalton Martini fez questão de pedir apoio à candidatura da coronel Fernanda ao Senado – nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.