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Sinop

Dorner critica autores da CPI dos Alugueis

Ex-deputado federal é um dos donos de imóveis locados pela prefeitura investigados pela comissão

Política | 09 de Maio de 2016 as 16h 53min
Fonte: Jamerson Miléski

O ex-deputado federal e empresário Roberto Dorner não poupou críticas aos vereadores responsáveis pela implantação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que apura os contratos de locação de imóveis firmados pela prefeitura de Sinop. O empresário foi intimado pela comissão e ouvido na última sexta-feira (6) pelos membros e funcionários do poder legislativo.

Após responder as perguntas dos vereadores, ao final da sua oitiva, Dorner lamentou o fato dos vereadores autores da CPI não estarem presentes. “Eu queria olhar na cara desses dois cidadãos para dizer o que eu penso deles... Eles sabem que não tem moram nem capacidade para fazer uma denúncia dessas contra o prefeito”, disse Dorner.

A fala é dirigida aos vereadores Wollgran Araújo (DEM) e Fernando Assunção (PSDB), denunciantes no pedido de instauração da CPI. Para o empresário, a CPI foi uma forma de “apertar e constranger empresários” que possuem imóveis no município. “São 54 empresários [que alugam prédios para a prefeitura] será que todos são como eles? Eu acredito mais nos empresários do que nesses dois”, criticou.

O empresário classificou a forma como a CPI foi apresentada como “politicagem” e defendeu que o correto seria “dar nome aos bois”, fazendo uma alusão de que os contratos deveriam ser denunciados pontualmente – um por um.

Dorner é o proprietário do prédio alugado pela prefeitura para a instalação do IFMT (Instituto Federal de Educação e Tecnologia de Mato Grosso). A prefeitura paga um aluguel de R$ 33.634,33, mensais. Os laudos de avaliação contratados pela CPI relataram que o valor de mercado é de R$ 26,3 mil – uma diferença mensal de R$ 7 mil. “Quando veio uma comissão para avaliar prédios para instalar o IFMT, eles visitaram dois prédios e quando estiveram no meu eles acharam o lugar mais adequado, porque tem campo de futebol e estacionamento. Eles pediram adequação para modificar o prédio. Eu gastei mais de R$ 500 mil para adequar. Um funcionário meu contratou três empresas para avaliar o valor do metro quadrado em Sinop. Foi feito sem fugir do preço do mercado. Esse contrato foi feito nesta época. Não houve propina e nem problemas e até demorou a fazer o contrato”, explicou o empresário.

Após dar as explicações, no final da fala Dorner pediu para que o áudio com o seu depoimento fosse mostrado para os vereadores Fernando Assunção e Wollgran Araújo.

 

Outras oitivas

Ainda na sexta-feira a comissão ouviu o empresário e presidente da CDL Sinop, Márcio Kreibich. Ele é proprietário do prédio onde foi instalado o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). “O imóvel foi construído para um centro clínico e não é barracão de quatro paredes. A localização está no centro de Sinop. Nesse meio a Secretaria de Saúde nos procurou e colocou o interesse do centro odontológico. Eu readeqüei o projeto que eu tinha e o gasto foi maior do que eu previa e hoje é uma referência em clínica pelo acabamento e estrutura montada. No estado de Mato Grosso não tem a estrutura que encontramos no imóvel”, asseverou Márcio Kreibich.

Pelo imóvel do presidente da CDL a prefeitura paga R$ 18 mil por mês – os laudos avaliaram em R$ 11,4 mil.

A comissão tem até o dia 28 de maio para apresentar o relatório final. O presidente da CPI é o vereador Fernando Brandão (PR).